Lição 13 – Renovação da esperança
Texto áureo – “E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!” (Jo 20.26)
Verdade prática – A Ressurreição de Cristo representa o ápice da esperança cristã.
Lições Bíblicas 2º Trimestre de 2025 – ADULTOS – Professor CPAD
Data/lição – 29 de junho de 2025
Palavra-Chave – Esperança
Hinos Sugeridos – 42,187,400 da Harpa Cristã
LEITURA DIÁRIA
- Segunda – Jo 20.3-8 > João testemunhou e acreditou na ressurreição de Cristo
- Terça – Jo 21.24 > João deu testemunho do que observou
- Quarta – Jo 20.9; Lc 24.46,47 > A fé da Igreja baseia-se nas palavras de Jesus
- Quinta – Jo 20.11-16 > Maria Madalena avistou o Cristo ressurreto
- Sexta – 1 Co 15.3-8 > O apóstolo Paulo viu o Cristo Ressurreto
- Sábado – 1 Ts 4.13-17 > Paulo renovou a esperança daqueles que dormem em Cristo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 20.19,20,24-31
19 – Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco!
20 – E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.
24 – Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
25 – Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.
26 – E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!
27 – Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.
28 – Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
29 – Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!
30 – Jesus, pois, operou também, em presença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro.
31 – Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.
OBJETIVOS DA LIÇÃO:
I) Analisar a importância da Ressurreição de Jesus como prova de sua vitória sobre a morte;
II) Reconhecer como a presença de Jesus transforma tristeza e medo em esperança e alegria;
III) Fortalecer a convicção de que a fé em Jesus é fundamentada em sua Ressurreição e em suas promessas eternas.
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Chegamos à última lição deste trimestre. A palavra que a define é esperança. A ressurreição do nosso Senhor simboliza o ponto culminante da esperança cristã. Por meio dela, conseguimos reforçar a nossa fé em Cristo, promover a alegria em vez da tristeza, afastar o medo e acolher a mensagem destemida do Evangelho. Nesta lição, somos convidados a renovar a nossa esperança.
I – A APARIÇAO DE JESUS CRISTO
1. “Paz seja convosco!” Na segunda vez que Jesus se revelou aos seus seguidores, tanto homens quanto mulheres, o ambiente era diferente. O sepulcro continuava vazio e os discípulos, ainda receosos, permaneciam escondidos dos olhares dos transeuntes do lado de fora da casa onde estavam reunidos, com portas e janelas fechadas (Jo 20.19). Era uma habitação em algum ponto da cidade de Jerusalém. Já não era mais de madrugada no primeiro dia da semana (20.1), mas sim a tarde daquele mesmo dia em que Maria Madalena comunicou aos discípulos que tinha visto e falado com Jesus ressuscitado (20.19). No entanto, eles mostravam ceticismo quanto à afirmação de Maria Madalena sobre ter encontrado Jesus vivo. Na verdade, os discípulos estavam ainda tomados pelo medo dos judeus e sentiam-se desprotegidos. De fato, tinham fugido para as suas casas quando Jesus foi preso, restando apenas Pedro e João posicionados à distância (Jo 19.27; 20.10). Dias depois, após terem recebido o Espírito Santo como Consolador (20.22,23; cf.20.26), aqueles discípulos continuavam escondidos com as portas trancadas no mesmo local. Quando Jesus voltou a aparecer entre eles, repetiu por três vezes: “Paz seja convosco!”.
2. O registro das aparições de Jesus ressurreto. Entre a sua ressurreição e a ascensão ao Pai, que ocorreram num período de 40 dias, Jesus apareceu aos seus discípulos em pelo menos dez ocasiões. As suas aparições começaram com (1) Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (Jo 20.11-18); (2) seguiram-se as mulheres que retornaram da sepultura para anunciar aos discípulos que o túmulo estava vazio (Mt 28.8-10); (3) depois foi a vez de Pedro (Lc 24.34; 1 Co 15.5); (4) e ainda os discípulos que estavam no caminho de Emaús ao anoitecer (Mc 16.12; Lc 24.13-32). Jesus também se revelou aos (5) discípulos reunidos numa casa em Jerusalém, quando Tomé não estava presente (Mc 16.14; Lc 24.36-43; Jo 20.9-25), e (6) posteriormente na presença de Tomé (Jo 20.26-31; 1 Co 15.5). A seguir, (7) apareceu a sete discípulos junto ao Mar da Galileia (Jo 21); (8) depois, fez aparições aos apóstolos e a mais de quinhentos seguidores (Mt 28.16-20; Mc 16.15-18; 1 Co 15.6); (9) dirigiu-se ainda a Tiago, seu meio irmão (1 Co 15.7); (10) por fim, manifestou-se pela última vez durante a sua ascensão no Monte das Oliveiras (Mc 16.19,20; Lc 24.50-53; At 1.6-12). Todas estas aparições confirmam o fato da ressurreição de Cristo.
3. Preciosas lições. A primeira lição a reter é que a ressurreição de Cristo representa o ponto culminante da fé cristã. Paulo dirigiu-se aos coríntios, afirmando: “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a nossa fé” (1 Co 15.14). A segunda lição revela que a ressurreição é um fato inquestionável que fortalece a certeza e a alegria de saber que Ele está vivo. A terceira lição diz respeito à renovação da esperança e à promessa da ressurreição dos mortos em Cristo (1 Ts 4.14-16). Um dia seremos como o nosso Senhor.
SINOPSE I
A aparição de Jesus Cristo aos discípulos representa o ponto culminante da nossa fé e fortalece a nossa convicção de que Ele está vivo.
II – APARIÇÃO DE JESUS: ESPERANÇA E PLENA ALEGRIA
1. O medo deu lugar à esperança. Com a crucificação, morte e sepultamento de Jesus, o medo, a frustração e, por conseguinte, a desesperança, surgiram no coração dos seus discípulos. A cena dos dois discípulos no caminho de Emaús ilustra perfeitamente esse estado emocional dos seguidores de Jesus (Lc 24.13-35). No entanto, quando Jesus se revela a eles, os seus rostos transformam-se imediatamente. Assim, a esperança substitui o medo e a frustração. O Cristo que venceu a morte renova a nossa esperança e afasta a desesperança.
2. A tristeza deu lugar à alegria. Quando se apresentou aos discípulos e lhes trouxe a paz, “os discípulos se alegraram ao ver o Senhor” (Jo 20.20). A magnífica notícia da ressurreição do Senhor e a sua subsequente aparição eliminaram a tristeza dos discípulos e encheram os seus corações de alegria. Estar na presença de Jesus Cristo ressuscitado é promover uma vida repleta de alegria, onde, mesmo nas situações mais difíceis, conseguimos manter a nossa capacidade de nos alegrar no Espírito de Deus.
3. Esperança e Alegria. A esperança e a alegria são algumas das virtudes cristãs mais relevantes que encontramos no Novo Testamento. O apóstolo Paulo refere-se à virtude da esperança junto da fé e do amor (1 Co 13.13). Na Carta aos Gálatas, o apóstolo menciona a alegria como um dos componentes do Fruto do Espírito (G1 5.22). Assim, tanto a esperança quanto a alegria estavam presentes na manifestação de Jesus aos seus discípulos. Portanto, se cremos no Cristo que venceu a morte, estas duas virtudes devem ser evidentes nas nossas vidas com Ele.
SINOPSE II
A aparição de Jesus transformou o medo em esperança e a tristeza em plena alegria, renovando os corações dos discípulos.
AUXÍLIO BIBLICO-TEOLÓGICO
PAZ SEJA CONVOSCO! “As palavras de Jesus, ao entrar, foram: Paz seja convosco, uma saudação hebraica normal. Mas neste contexto (21,26), e à luz da promessa de 14.27, parece ser um lembrete da ‘sua paz como um presente de despedida para os seus discípulos’. Também é um lembrete, como diz Strachan, de que ‘esta paz não está em conflito com as dificuldades da vida, mas é a paz alcançada através da luta contra um mundo hostil, e da vitória contra este’. Como testemunhos da intensidade da batalha e da certeza da vitória, Ele lhes mostrou as mãos e o lado (20). Tendo ouvido a saudação de Jesus, e visto as evidências da sua ressurreição, os discípulos se alegraram (‘se encheram de alegria’, Weymouth)” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.164).
III – APARIÇÃO DE JESUS: CONVICÇÃO FORTALECIDA
1. As dúvidas dissipadas. O episódio da incerteza de Tomé revela a dúvida que surgiu no coração do seguidor de Jesus. Durante algum tempo, Tomé revelou-se cético em relação à ressurreição do Senhor (Jo 20.25). No entanto, quando teve a oportunidade de encontrar Jesus e tocá-lo, todas as suas dúvidas foram prontamente dissipadas. O Cristo ressuscitado eliminou qualquer possibilidade de dúvida nos seus discípulos, reforçando, assim, a fé deles.
2. Fortalecimento da fé. Anteriormente cético, Tomé agora profere uma linda declaração de fé: “Senhor meu, e Deus meu!” (Jo 20.28). Ao longo da história da Igreja, encontramos indivíduos que, antes agnósticos ou céticos, hoje afirmam com firmeza a sua crença em Jesus Cristo como o Deus revelado nas Escrituras. Ter um encontro com o Ressurreto torna impossível continuar a duvidar como uma forma de rebeldia provocada pela idolatria humana (Rm 1.21-23).
3. Fortalecimento da esperança. Além de proporcionar alegria e convicção, o Cristo ressuscitado expande a nossa esperança em relação ao futuro. Segundo as Escrituras, a promessa de que um dia os mortos ressuscitarão e receberemos um corpo glorificado baseia-se na ressurreição e glorificação do Senhor Jesus. Esta era uma doutrina essencial para o apóstolo Paulo (At 24.15; 1 Co 15.12-14). Assim, Paulo ensinava e defendia esta verdade ao longo do seu ministério (1 Ts 4.14). Portanto, a ressurreição e a glorificação de Cristo servem como antecipação da ressurreição dos salvos que partiram e da glorificação dos nossos corpos.
SINOPSE III
A aparição de Jesus dissipou as dúvidas, fortaleceu a fé e renovou a esperança dos discípulos.
AUXÍLIO BIBLICO-TEOLÓGICO
SENHOR MEU, E DEUS MEU! “Tomé deve ter ficado chocado por ver que o seu Senhor ressuscitado tinha estado presente (14.23,28), embora não pudesse ser visto nem por eles, nem pelos demais, naquela ocasião específica (cf. 2.25). Não há nenhuma indicação de que Tomé tenha aplicado os testes que havia exigido. Ao contrário, a fé foi ativada, e Tomé exclamou: Senhor meu, e Deus meu! (28). “A ideia central com que se iniciou o Evangelho (1.1) ocorre novamente no seu final: para o cristão fiel, Cristo é o próprio Deus”. Westcott afirma que ‘as palavras, sem dúvida, são dirigidas a Cristo e são uma confissão de sua pessoa, as palavras que se seguiram mostraram que o Senhor aceitou a declaração da sua divindade, como uma verdadeira expressão de fé”’ (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.165).
CONCLUSÃO
Durante este trimestre, exploramos ensinamentos valiosos que nos ajudam a entender melhor a divindade de Jesus. O nosso Senhor é eterno; é diferente do Pai, mas igual a Ele; é Deus em sua essência; o Criador de tudo; e, por conseguinte, a fonte de toda salvação e vida espiritual. Este foi um dos propósitos que o evangelista redigiu seu Evangelho: para que possais crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, ao crerdes, tenhais vida em seu nome (Jo 20.31).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Como os discípulos se sentiam por ocasião da morte de Jesus?
Os discípulos estavam ainda tomados pelo medo dos judeus e sentiam-se desprotegidos.
2. Mencione pelo menos três momentos em que Jesus se manifestou aos seus discípulos.
As aparições de Jesus começaram com (1) Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (Jo 20.11-18); (2) seguiram-se as mulheres que retornaram da sepultura para anunciar aos discípulos que o túmulo estava vazio (Mt 28.8-10); (3) depois foi a vez de Pedro (Lc 24.34; 1 Co 15.5).
3. Quais são as duas virtudes mencionadas pela lição sobre a aparição de Jesus?
Esperança e alegria.
4. Qual é a bela afirmação de fé que Tomé proferiu?
“Senhor meu, e Deus meu!” (Jo 20.28).
5. Em que eventos da vida do Senhor Jesus fundamenta a promessa de que um dia os mortos voltarão à vida e receberemos um corpo glorificado?
Baseia-se na ressurreição e glorificação do Senhor Jesus.
Comentarista: Elienai Cabral
E O VERBO SE FEZ CARNE – Jesus sob o olhar do Apóstolo Paulo
licao-1-o-verbo-que-se-tornou-em-carne | licao-2-o-novo-nascimento | licao-3-a-verdadeira-adoracao | licao-4-jesus-o-pao-da-vida | licao-5-a-verdade-que-liberta | licao-6-o-bom-pastor-e-suas-ovelhas | licao-7-eu-sou-a-ressureicao-e-a-vida | licao-8-uma-licao-de-humildade | licao-9-jesus-o-caminho-a-verdade-e-a-vida | licao-10-a-promessa-do-espirito | licao-11-a-intercessao-de-jesus-pelos-discipulos | licao-12-do-julgamento-a-ressureicao | licao-13-renovacao-da-esperanca