Lições Bíblicas CPAD – Juvenis – 1º Trimestre de 2025
Data/lição — 23 de fevereiro de 2025
Lição 8 — Os reis mais importantes de Israel
Texto base — “Pelo que disse o Senhor a Salomão: Visto que houve isso em ti, que não guardaste o meu concerto e os meus estatutos que te mandei, certamente, rasgarei de ti este reino e o darei a teu servo”. (1 Rs 11.11)
LEITURA DA SEMANAL
- SEG – 1 Sm 16.12 >> A unção de Davi
- TER – 2 Sm 7.16 >> Deus promete a Davi uma dinastia
- QUA – 2 Sm 5.6-7 >> Davi conquista Jerusalém
- QUI – 1 Rs 1.39 >> A unção de Salomão
- SEX – 1 Rs 3.6-13 >> Deus dá sabedoria a Salomão
- SÁB – 1 Rs 7.51 >> Salomão conclui o Templo
LEITURA BÍBLICA EM CASSE:
1 Reis 11.4-13
4 Porque sucedeu que, no tempo da velhice de Salomão, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses: e o seu coração não era perfeito para com o Senhor, seu Deus, como o coração de Davi, seu pai.
5 porque Salomão andou em seguimento de Astarote, deusa dos sidônios. e em seguimento de Milcom. a abominação dos amonitas.
6 Assim fez Salomão o que era mau aos olhos do Senhor e não perseverou em seguir ao Senhor, como Davi, seu pai.
7 Então, edificou Salomão um alto a Quemos, a abominação dos moabitas, sobre o monte que está diante de Jerusalém, e a Moloque, a abominação dos filhos de Amom.
8 E assim fez para com todas as suas mulheres estrangeiras, as quais queimavam incenso e sacrificavam a seus deuses.
9 Pelo que o Senhor se indignou contra Salomão, porquanto desviara o coração do Senhor, Deus de Israel, o qual duas vezes lhe aparecera.
10 E acerca desta matéria lhe tinha dado ordem que não andasse em seguimento de outros deuses: porém não guardou o que o Senhor lhe ordenara.
11 Pelo que disse o Senhor a Salomão: Visto que houve isso em ti, que não guardaste o meu concerto e os meus estatutos que te mandei, certamente, rasgarei de ti este reino e o darei a teu servo.
12 Todavia, nos teus dias não o farei, por amor de Davi. teu pai: da mão de teu filho o rasgarei:
13 porém todo o reino não rasgarei: uma tribo darei a teu filho, por amor de meu servo Davi e por amor de Jerusalém, que tenho elegido.
CONECTADO COM DEUS
Temos, na vida de Davi, a oportunidade de refletir sobre resposta a orações. O rei segundo o coração de Deus possuía inúmeros atributos, além de sua enorme relevância como líder de Israel. Ainda assim, Deus negou um desejo de seu coração. Davi queria muito construir o local de adoração ao Senhor, mas a resposta de Deus foi “não”. Precisamos compreender que mesmo sendo fiéis ao Senhor, Ele pode dizer “não” a um pedido nosso, por mais nobre que este seja. Ele é DEUS! Precisamos ter maturidade espiritual e emocional para confiar e até agradecer pelo “não” do nosso Senhor. Afinal, seus pensamentos e planos não podem ser sondados. Somente se confiarmos, poderemos experimentar “qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” para as nossas vidas (Rm 12.2).
OBJETIVOS:
Mostrar Davi com o rei. poeta e adorador;
Apresentar Salomão, como rei pacifico, escritor e construtor do Templo:
Refletir sobre como a desobediência de Salomão dividiu a nação.
ANTES DA AULA
Prezado(a) professor(a), procure recompensar o empenho dos alunos que são mais assíduos na Escola Dominical (ED) de uma maneira simbólica, mas que também sirva com o um a recordação e reforço positivo. Pode ser por meio de algo simples, com o por exemplo: a entrega de certificado ou cartão, um chocolate; vale-livro CPAD ao final do trimestre, apenas para os que não faltarem a nenhum a aula; ou qualquer outro brinde que julgar viável. O importante é encontrar um a forma de dar um incentivo extra, capaz de demonstrar tanto ao aluno assíduo e participativo, com o também para os mais oscilantes o quanto a frequência é valorizada na sua classe de ED. Alunos assíduos são estímulos para nós, mestres, e precisam os lhes demonstrar isto.
1. DAVI: REI, POETA E ADORADOR
1.1. Davi – Rei
Davi foi o segundo rei do Israel unido e o mais importante também. Ele foi o responsável por vencer várias guerras contra povos que historicamente perseguiam Israel. Dentre eles, estavam os filisteus, inimigos declarados do povo de Deus (1 Cr 18).
Sob a ótica política, a importância de Davi se dá não só em vencer as guerras, expandindo o reino, mas também em edificar Jerusalém como sua capital, construindo nela o palácio real (2 Sm 5.9; 6.12). E sob o aspecto espiritual. Davi sempre se manteve exemplar e tornou a cidade o centro religioso da nação. Ele conseguiu restaurar o culto a Deus e a adoração entre os israelitas, O principal marco de tal façanha foi o retorno da Arca da Aliança, símbolo da presença de Deus, à Jerusalém. Com o seu retorno e a sua instalação num tabernáculo fixo na capital, a fidelidade do povo ao Senhor foi restaurada, que era o objetivo de Davi (1 Cr 15 —16).
1.2. Davi – Poeta
O segundo rei de Israel também foi um exímio poeta. Tudo o que Davi escreveu inspirado pelo Espírito Santo, suas orações e hinos de louvor ao Senhor, contam de forma poética um pouco da sua trajetória. Seus escritos são Salmos que, quando lidos com o conhecimento do que se passava em sua vida, evidenciam ainda mais a profundidade e a beleza de suas orações em forma de poemas e canções.
Destacamos aqui o Salmo 23, um dos mais conhecidos da Bíblia, que conta a relação de um pastor com suas ovelhas. Com o realizador deste oficio, Davi fez alusão ao imenso cuidado e paciência de Deus com o seu povo. Davi foi um zeloso pastor de ovelhas quando morava com seu pai e por duas vezes arriscou a própria vida para defendê-las. Tal vivência enriquece sua poesia, que inspirada pelo Espírito Santo, é a Palavra de Deus.
1.3. Davi – Adorador
Davi também foi um adorador muito à frente de seu tempo. Compositor de belíssimos hinos de adoração, cantados até os dias de hoje. Seu lado adorador também se destaca em um episódio peculiar: quando procuram um músico para acalmar o rei Saul, que se encontrava atormentado por um espírito maligno, Davi foi o jovem escolhido e quando tocava sua harpa, o espírito maligno se retirava e o rei se acalmava. Era claro que não se tratava apenas de música, mas também de unção (1 Sm 16.14-23).
Também observamos, registradas nas Escrituras, inúmeras situações em que Davi presta adoração ao Senhor, não apenas com canções. Mas um exemplo marcante foi quando ele, já rei, se humilhou adorando a Deus com todas as forças na ocasião do retorno da Arca da Aliança para Jerusalém (2 Sm 6.14-22).
<<INTERAÇÃO>>
Ao falar sobre Salomão, temos a excelente oportunidade de refletir um pouco sobre o livro de Eclesiastes e o tema tão abordado por ele: ‘vaidade’. Pergunte aos alunos o que é vaidade. Interaja com a classe, norteando-a sob a ótica das definições a seguir.
O dicionário define vaidade como: “qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre aparência ilusória”. O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal, acerca da conhecida passagem de Eclesiastes 1.2, define da seguinte forma: “todos os empreendimentos humanos na terra não têm sentido nem propósito quando realizados à parte da vontade de Deus”. Por isso, no auge de sua maturidade, Salomão, concluiu: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos” (Ec 12.13a).
Reforce aos juvenis que, como o grande sábio afirmou, o mais importante nesta vida é temer ao Senhor: sem este princípio todo o resto é ilusão.
2. SALOMÃO
2.1. Rei de paz
O nome de Salomão significa Paz, e assim de fato Deus possibilitou que fosse o seu reinado, pacífico como prometera (1 Rs 4.24,25).
O terceiro rei de Israel consolidou e expandiu o reino através de alianças políticas, sem fazer guerra. Seu reinado só não foi inteiramente de paz em razão dos seus pecados, já que, ao se casar com muitas mulheres ímpias, passou a desobedecer ao Senhor, seguindo seus ídolos. Então, o próprio Deus levantou inimigos para combater Israel (1 Rs 11).
Sair do centro da vontade do Senhor nos leva a passar por situações terríveis, que jamais passaríamos se fôssemos fiéis.
2.2. O rei que edificou o Templo
A Palavra de Deus nos relata que Davi tinha o desejo de construir o Templo de Jerusalém e foi impedido pelo próprio Senhor, já que, como guerreiro, possuía sangue em suas mãos. Contudo, Deus permitiu que Davi fizesse o projeto e o passasse a Salomão, seu filho e sucessor no trono.
Salomão recebeu a missão de bom grado e levou sete anos para construir o Templo de acordo com todos os padrões de máxima excelência estabelecidos. Ele dedicou o que existia de melhor na edificação do Templo. Assim devemos fazer também em nossas vidas no que tange à nossa adoração e serviço a Deus.
2.3. Um sábio escritor
O rei Salomão também foi um grande escritor. Seus textos são referência universal até hoje, reconhecidos como escritos de sabedoria, por ser ele o homem mais sábio do mundo.
Dentre os livros bíblicos escritos por Salomão temos: Provérbios, Eclesiastes e Cantares. Provérbios possui vários conselhos práticos para a vida como um todo, inclusive relacionados à área amorosa, social, familiar e espiritual.
Cantares é um poema de amor de um homem por sua amada. E Eclesiastes, por sua vez, é um livro mais questionador, tido como mais ácido, “mal-humorado”. Percebemos um Salomão mais experiente, já na parte mais avançada da idade. E sua conclusão, como não poderia ser diferente, é um brilhante e sábio resumo (leia Ec 12.13.14).
3. A DIVISÃO DO REINO
3.1. A causa da divisão
O rei Salomão tomou para si muitas mulheres e concubinas estrangeiras. Deus já o havia alertado a não se casar com mulheres de outros povos, para não se contaminar com seus costumes, práticas e adoração a falsos deuses. E foi exatamente isso que aconteceu. Salomão pecou contra o Senhor e não foi fiel como Davi, o seu pai (1 Rs 11.1-6).
Como consequência de Salomão ter se curvado a falsos deuses. Deus fez com que o reino fosse divido em dois. Entretanto, o Senhor é tão fiel à sua Palavra, que por amor a Davi, prometeu não fazer isso enquanto Salomão estivesse vivo. E ainda mais, por amor a Davi, prometeu não tomar o reino inteiro, deixando que ele ficasse com uma tribo (1 Rs 11.9-13).
Assim, a nação fora dividida, o Reino do Norte ficaria conhecido como Israel e o Reino do Sul conhecido como Judá.
3.2. O Reino do Norte
Após a morte de Salomão, Roboão assume sobre todo o Israel. O jovem recusa ouvir os conselhos dos anciãos e ouve os de seus amigos, ameaçando então a cobrar impostos ainda mais pesados do povo (1 Rs 12.6-11).
Com isto, Jeroboão lidera dez das doze tribos para romperem com Roboão e Jerusalém. A partir deste momento. Jeroboão assume a liderança das dez tribos, que ficam com o nome de Israel e sua capital sendo Samaria.
Jeroboão, com medo de o povo ir adorar em Jerusalém, edificou dois altares: um em Betei e outro em Dã, mas não eram em adoração a Deus. Por isso, o Reino do Norte pecou, desviando-se do Senhor desde o seu início (1 Rs 12.16-32).
3.3. O Reino do Sul
O Reino do Sul, sob a liderança de Roboão, ficou com a tribo de Judá, a tribo de Benjamin e a cidade de Jerusalém com o capital. Ainda possuía o Templo como centro religioso da nação.
Pela fidelidade do Senhor a Davi, seus descendentes se mantiveram no trono, exceto por Atalia, regente por seis anos, até ser deposta e a linhagem real retomar o seu lugar de direito (1 Rs 1129-39).
O Reino de Sul passou por algumas dificuldades, teve reis ruins, mas também reis tementes a Deus. Até que após uma série de desvios da nação, o povo foi levado em cativeiro para a Babilônia em 586 a.C., e assim permaneceu durante 70 anos (Jr 25.8-11).
Tem os muito a aprender com essa história. Podemos escolher como conduzir nossas vidas: com fidelidade ao Senhor — assim como foi Davi, honrado por Deus até após sua morte. Ou se nos portaremos como Salomão que, mesmo em face da bondade divina, desviou-se e sofreu graves consequências.
SUBSIDIO
PARA CONCLUIR
Nesta lição percebem os como nossas atitudes têm impacto até mesmo na vida dos outros. Davi temeu a Deus e toda a nação foi abençoada. Salomão por muito tempo também foi assim, mas quando decidiu desobedecer, o reino foi divido em dois e milhares de pessoas sofreram com isso. Portanto, devem os sempre pensar que nossas escolhas e ações possuem consequências, sejam elas positivas ou negativas, não só em nossas vidas, com o também na vida de muitos que amamos.
HORA DA REVISÃO
1. Qual rei de Israel teve o seu pedido de edificar um Templo ao Senhor negado e porquê?
R.: O rei Davi, porque, como guerreiro, possuía sangue em suas mãos ( l Cr 28.2,3).
2. Além de rei, abordam os outras duas características de Davi, quais foram elas?
R.: Poeta e adorador.
3. Dos livros escritos por Salomão, qual deles o sábio escreveu quando já era mais velho?
R.: Eclesiastes.
4- Por culpa dos pecados de qual rei o Reino de Israel foi divido em dois?
R.: Do rei Salomão.
5. Com o ficou a configuração da nação após a divisão do Reino?
R.: O Reino do Norte que ficou conhecido com Israel e o Reino do Sul ficou conhecido como Judá.
Comentarista: Thiago Panzariello
A monarquia antes de Davi
‘Saul fez pouco para curar a crescente brecha entre Judá e as tribos do norte. Durante o seu reinado, o abismo entre as tribos tomava proporções consideravelmente grandes. Por exemplo, o historiador aponta que, quando Saul fez uma convocação geral para livrar Jabes-Gileade de Amom, trezentos mil homens vieram de Israel, mas apenas trinta mil de Judá (1Sm 11.8). Quando realizou a campanha contra os amalequitas, Saul contou ‘duzentos mil homens de pé, e dez mil homens de Judá’ (lSm 15.4). Os números são reveladores, mostrando que Judá proveu um número bastante reduzido de soldados em comparação com Israel, um fato com prometedor para a própria Judá, um a vez que os amalequitas viveram por muitos anos em sua fronteira ao sul. Estaria Judá mostrando sinais de uma postura anti-Saul? Além disso, depois de Davi ter matado o gigante Golias, “os homens de Israel e Judá’ perseguiram os filisteus (lSm 17.52) e quando Davi foi colocado na corte de Saul, ‘todo o Israel e Judá amava a Davi’ (lSm 18.16). Está claro que Israel e Judá eram tidos como duas entidades particulares que seguiam seus interesses separadamente” (MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento. 6 a Ed. RJ: CPAD, 2007, pp.239.240). Com o reinado de Davi essa realidade mudou, um dos motivos pelos quais ele foi considerado o maior rei de Israel.
Triunfos de Davi
Deus confirma, em 2 Samuel 7, que Ele chamou Davi para reinar sobre o Seu povo e que foi Ele Quem confirmou e validou o seu reinado. Em 2 Samuel 8 são descritas as campanhas militares vitoriosas de Davi. Ele derrotou sete povos, ou seja: os filisteus, os moabitas, a Hadadezer, rei de Zobá, os arameus de Damasco, os amonitas, os amalequitas e os edomitas. Também está descrito como Toí, rei de Hamate, enviou seu filho Jorão para congratular-se com ele e trazer caros presentes (v.9-10). Além disso, descreve como Davi subjugava seus inimigos e o que isso significava para estes, como foi o caso dos filisteus: “Depois disto, feriu Davi os filisteus e os sujeitou; e tomou de suas mãos as rédeas da metrópole” (2Sm 8.1). Deus ajudou a Davi em todos os lugares e “Reinou, pois, Davi sobre todo o Israel; julgava e fazia justiça a todo o seu povo” (2Sm 8.15). Deus ainda acrescentou uma promessa para o rei Davi: “Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2Sm 7.16).
Nessas vitórias triunfais de Davi sobre seus sete inimigos, podemos identificar uma figura profética para a vitória e triunfo de Jesus Cristo e o Seu futuro Reino.
Na Sua Volta, o Senhor Jesus aparecerá em sete lugares diferentes para derrotar Seus inimigos:
– Em Armagedom: Apocalipse 16.16s. e Apocalipse 19.11s.;
– Em Jerusalém: Zacarias 12;
– No Monte das Oliveiras: Zacarias 14;
– Em Edom, de Bozra: Isaías 63.1s.;
– Em Temã, do monte Parã: Habacuque 3.3 (Dt 33.2);
– No Egito: Isaías 19.1s.
– Nos montes de Israel contra Gogue e Magogue e os seus aliados: Ezequiel 38 e 39.
Será algo majestoso: A vitória é do Senhor! Então Deus colocará todos os inimigos como estrado aos pés de Seu Filho e Jesus reinará sobre eles como Rei e Juiz, com cetro de ferro e outorgará o direito e a justiça ao Seu povo. Os povos virão ao Seu encontro para honrá-lo e exaltar o Seu Nome (Ap 19.11,15).
Terá chegado, enfim, o tempo em que “Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém” (Is 2.3). Então se ouvirá o brado de júbilo: “Reina o SENHOR; tremam os povos. Ele está entronizado cima dos querubins; abale-se a terra.
(Norbert Lieth – As marcas na vida de Davi – Ed. Chamada, 1º Ed 2025)