Lições Bíblicas CPAD – Juvenis – 1º Trimestre de 2025
Data/lição: 26 de janeiro de 2025
Lição 4: Os Hebreus vão para o Egito
TEXTO BASE: “E falou Deus a Israel em visões, de noite, e disse: Jacó! Jacó! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Eu sou Deus. o Deus de teu pai: não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação.” (Gn 46.2.3)
LEITURA DA SEMANAL
- SEG – Gn 41.27 | Sete vacas magras
- TER – Gn 41.29-38 | O Espírito de Deus reconhecido em José
- QUA – Gn 43.1 | Período de muita fome
- QUI – Gn 4 2.1-3 | Há com ida no Egito
- SEX – Gn 46.5-7 | Ida para o Egito
- SÁB – Êx 1.8 -10 | O Faraó que não conheceu José
LEITURA BÍBLICA EM CASSE:
Gênesis 41-53-57; 42.1-5 Gênesis 41-53-57
53 Então, acabaram-se os sete anos de fartura que havia na terra do Egito.
54 e começaram a vir os sete anos de fome, como José tinha dito; e havia fome em todas as terras, mas em toda a terra do Egito havia pão.
55 E. tendo toda a terra do Egito fome, clamou o povo a Faraó por pão; e Faraó disse a todos os egípcios: Ide a José; o que ele vos disser fazei.
56 Havendo, pois. fome sobre toda a terra, abriu José tudo em que havia mantimento e vendeu aos egípcios; porque a fome prevaleceu na terra do Egito.
57 E todas as terras vinham ao Egito, para comprar de José. porquanto a fome prevaleceu em todas as terras.
Gênesis 42.1-5
1 Vendo, então, Jacó que havia mantimento no Egito, disse Jacó a seus filhos: Por que estais olhando uns para os outros?
2 Disse mais: Eis que tenho ouvido que há mantimento no Egito; descei até lá e comprai-nos trigo, para que vivamos e não morramos.
3 Então, desceram os dez irmãos de José. para comprarem trigo no Egito.
4 A Benjamim, porém, irmão de José. não enviou Jacó com os seus irmãos, porque dizia: Para que lhe não suceda, porventura, algum desastre.
5 Assim, vieram os filhos de Israel para comprar, entre os que vinham lá; porque havia fome na terra de Canaã.
CONECTADO COM DEUS
Nesta lição sobre a ida do povo hebreu para o Egito, observaremos o protagonismo de José, sua fidelidade a Deus e sua paciência diante das provações.
José era bem jovem quando teve os sonhos que revelavam o seu futuro grandioso. Mas teve de atravessar ainda muitas reviravoltas até vivenciá-los: foi invejado pelos irmãos, vendido como escravo e mesmo fiel em sua tarefa, foi caluniado e preso. Na prisão ainda ficou esquecido por um tempo, até enfim chegar o grande momento de sair e ver cumpridas as promessas do Senhor em sua vida.
Desde o dia em que sonhou até o dia em que foi nomeado governador do Egito passaram-se aproximadamente 13 anos. (Cf. Gn 372; qii+6). A fé de José foi provada durante todo este período. Agora reflita: Você acha que seus sonhos estão demorando a se cumprir? Espere em Deus, assim como José, com integridade e mansidão, pois o Senhor sempre cumpre o que promete e os que nEle esperam jamais serão envergonhados (Sl 25.3).
OBJETIVOS:
RESSALTAR que a promessa de Deus a José já provia o livramento de sua descendência:
DESTACAR que a fome levou à família de Jacó a buscar socorro no Egito, onde se multiplicou:
MOSTRAR que, após a morte de José, um Faraó, que não o conheceu, começou a escravizar os Hebreus.
ANTES DA AULA
Prezado(a) professor(a), é altamente recomendada a leitura prévia de toda a sua lição, inclusive, siga a Agenda de Leitura, isto é, os versículos separados para cada dia da semana. Lembre-se que todas as seções inseridas em sua revista estão aqui com um propósito pedagógico bem elaborado, a fim de cooperar com o seu ministério de ensino. Conhecer e pôr em prática estas orientações o ajudará nos preparativos e no êxito em sala de aula.Saiba que, como professor de ED, você tem diante de Deus uma grande responsabilidade sobre a vida de seus jovens discípulos. Sugerimos sempre iniciar a aula perguntando como seus alunos estão: com o foi a semana deles e se têm algum pedido especial de oração. Observe se responderão com um olhar evasivo ou outra reação que possa sinalizar a necessidade de algum apoio individual. Sempre se disponibilize para conversar em particular, após aula, caso precisem.
l. A FAMÍLIA DE JACÓ
1.1. A preferência do pai por José.
O patriarca Jacó, cujo nome fora mudado para Israel, teve doze filhos homens e estes filhos deram origem às doze tribos de Israel. Dentre as doze tribos, existem duas “meia-tribos” que são a de Efraim e Manassés, os filhos de José, netos de Jacó. Isto ocorreu porque em vez de existir a tribo de José, existiam duas “meia-tribos”, que o representavam.
“E Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã” (Gn 371) Foi neste lugar que José teve os seus sonhos: o sonho dos molhos de trigo de seus irmãos curvando-se diante do molho de José: e o sonho do sol, da lua e onze estrelas também se curvando diante dele (Gn 37.5-11).
A partir de tal revelação, os irmãos de José — que já não gostavam dele por ser o filho preferido de Jacó, por ter ganhado uma túnica diferenciada, e por denunciar os erros dos irmãos (Gn 37.3-4) — “tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas palavras” (v. 8b).
A pós este episódio, então, os irmãos de José tramaram a sua morte. Enquanto discutiam se deveriam ou não matá-lo, com ele já dentro d e um poço, passou um a caravana de ismaelitas e seus irmãos decidiram vendê-lo com o escravo para aqueles comerciantes. Assim José foi levado para o Egito (Gn 37.23-28).
Seus irmãos mancharam sua túnica com o sangue de um cabrito e levaram-na para Jacó. Todos os envolvidos na trama, mentindo para seu pai, assistiram o seu pranto por dias em luto pela vida de seu filho preferido, pensando que uma fera o devorara até a morte.
1.2. A bênção de Deus em meio à dor.
Chegando ao Egito, José foi vendido a Potifar, capitão da guarda de Faraó. Mesmo traído pelos irmãos e vendido como escravo, a Bíblia diz que o Senhor estava com José e o fazia próspero (Gn 39.2). Ao ponto de até mesmo Potifar perceber que tudo o que José cuidava era abençoado. Por isso, colocou todas as suas posses sob os cuidados do jovem. E o Senhor abençoou a casa do egípcio por amor de José (Gn 39.3-6).
Muitas vezes funciona assim na vida do crente. Mesmo em meio às adversidades e injustiças, até os ímpios reconhecem a prosperidade do Senhor em nossa vida.
José tinha boa aparência e chamou a atenção da mulher de Potifar, que o cobiçava (Gn 39.7). Com o José era temente a Deus, recusou-a, mais de uma vez. Até que em uma emboscada, mesmo José fugindo do pecado, ela o acusou e injustamente José foi preso (Gn 39.8-20).
Imagine que coisa cruel ser preso por um crime que não cometeu. Entretanto, mais uma vez, Deus usaria uma situação difícil para aproximar José ainda mais do cumprimento de seus sonhos.
José não entendia na época, mas sempre esteve no lugar certo e na hora certa para que os propósitos de Deus se cumprissem em sua vida.
Quantas vezes não acontece o mesmo conosco, não é verdade? Por isso, a fé, a certeza daquilo que ainda não se vê, é tão necessária durante a jornada (Cf. Hb 11.1). José precisou passar por tudo isso, mas através de sua vida, Deus salvou milhares da fome — até mesmo a sua família e o destino de todo o seu povo.
Quando chegou o período de grande fome revelado pelo Senhor a Faraó, através de José, apenas o Egito tinha estoque de alimento e vendia para todos os povos que o procuravam. Esta notícia chegou à família de Jacó, que enviou dez de seus filhos para o Egito em busca de alimento (Gn 42.1-5). Jacó, entretanto, não permitiu a ida de Benjamim, o filho mais novo, nesta comitiva.
Portanto, os pontos-chave para a ida da família de Jacó ao Egito são: (1) os sonhos de José: (2) sua venda como escravo: e (3) a fome que assolou o mundo naquela época. Toda essa narrativa bíblica mostra com o Deus está sempre no controle da história.
<INTERAÇÃO>>
Escreva em um local de evidência: Eu sou fiel a Deus quando ninguém está olhando? Peça-os para que não respondam em voz alta: apenas leiam, mentalmente, algumas vezes e reflitam por um momento na questão. Explique que demonstrar obediência e santidade quando estamos na igreja ou diante das pessoas é mais fácil. Contudo, muitas vezes, a nossa fidelidade é provada em secreto. É na intimidade do lar, ou quando não temos plateia, que revelamos o nosso verdadeiro caráter. Diga que José poderia ter sido infiel a Deus, sobretudo quando a esposa de seu senhor o tentou, em sigilo. Todavia, José permaneceu fiel. Será que temos tido este proceder, diante das tentações que enfrentamos em secreto?
2. A IDA PARA O EGITO
2.1. José na prisão.
José estava preso, mas o Senhor estava com ele até mesmo na prisão e o tratou com bondade. Fez José conquistar a simpatia do carcereiro, que, em pouco tempo, encarregou José de todos os outros presos e de todas as tarefas da prisão. (Cf. Gn 39.21-22).
Foi na prisão que José se deparou com dois prisioneiros que já haviam servido Faraó: o chefe dos padeiros e o chefe dos copeiros. Certa noite, enquanto estavam presos, o copeiro e o padeiro tiveram, cada um, um sonho, e cada sonho tinha o seu significado (Cf. Gn 40.5). Ambos amanheceram inquietos e José, ao perguntar-lhes o motivo da inquietação, contaram-lhe seus sonhos. José, por sua vez, os interpreta: O sonho do copeiro teve um significado favorável, enquanto o sonho do padeiro, não (Cf. Gn 40). Após três dias, Faraó convocou um banquete e tudo ocorreu exatamente da maneira como José interpretou: Faraó restituiu o cargo do chefe dos copeiros e mandou executar o padeiro.
A capacitação de Deus dada a José para interpretar sonhos foi fundamental não só para José, com o para toda a história do povo hebreu, pois através dele, Deus começou a mudar a sorte de seu povo e a concretizar seus propósitos mais amplos.
2.2. José interpreta os sonhos do Faraó.
Faraó teve dois sonhos: sete vacas gordas que foram devoradas por sete vacas magras. Em seguida, sete espigas boas e saudáveis, que foram devoradas por sete espigas murchas e ressequidas. Faraó ficou perturbado e mandou chamar todos os magos e sábios do Egito para interpretarem seus sonhos, mas nenhum deles conseguiu. Até que o chefe dos copeiros lembrou-se de que José interpretou seu sonho e tudo correu com o ele havia dito, e contou isso a Faraó (Cf. Gn. 41.1-13).
No tempo certo, José foi lembrado e seus talentos foram úteis para Deus cumprir seus propósitos. Não se preocupe se na sua via ainda não aconteceu aquilo que você sonha e espera. Continue fazendo sua parte e sendo fiel ao Senhor que, no tempo certo, Ele cumprirá todo seu desígnio na sua história.
3. O LEGADO DE JOSÉ
3.1. José conhece Faraó.
Quando José vai à presença de Faraó, ele glorifica a Deus dizendo que o Senhor dará a interpretação dos sonhos, o que de fato acontece. No momento mais importante de sua vida, José glorificou a Deus, mesmo após muito sofrimento.
Faraó viu em José uma sabedoria tão sobrenatural que afirmou que o Espírito de Deus estava sobre ele e ordenou que José governasse o Egito ao seu lado (Gn 41.38-44). Além disso, José foi um excelente administrador tanto no período de fartura, guardando 1 /5 da colheita, quanto no período da seca, vendendo trigo para os famintos que iam ao Egito.
3 2. A família de José vai ao Egito.
Dentre tantos povos que foram ao Egito em busca de alimento, estavam também os irmãos de José. Ele os reconheceu, mas José estava diferente e não se deu a conhecer até que pudesse processar aquele encontro.
A narrativa de quando ele se revela aos seus irmãos nos faz refletir no quanto deve ter sido difícil escolher o caminho do perdão e não o da vingança. Vemos que o Espirito do Senhor ainda estava em José; ele conseguiu liberar um genuíno e emocionante perdão e ainda proveu salvação, ao mandar trazer toda a sua família ao Egito (Gn 45.1-11).
Quando Jacó chegou ao Egito com toda a sua família, cerca de 70 pessoas, eles habitaram numa terra boa para o plantio, sob a autorização do Faraó. E os hebreus prosperaram muito na terra de Gósen. no Delta do Nilo (Gn 47.1-12), onde o povo cresceu e se multiplicou abundantemente (v. 27).
O tempo passou até se levantar um Faraó que não conhecia a história de José e sua família (Éx 1.8). Este Faraó, provavelmente, depôs toda a dinastia do anterior e tomou o poder. Ele percebeu que o povo hebreu crescia e prosperava com muita velocidade, e movido por inveja e medo, escravizou e oprimiu o povo. Entretanto, quanto mais o povo era oprimido, mais crescia.
Deus utiliza até uma situação adversa, que um dia acabará, para nos fazer crescer.
PARA CONCLUIR
Deus está no controle de todas as situações. Por mais que um a circunstância pareça adversa, injusta ou que não haja saída, lembre-se da história de José. Deus sabe o que está fazendo, mesmo quando não entendemos. O agir de Deus é surpreendente: um dia José estava ‘esquecido’ numa prisão e no outro estava sendo exaltado por Faraó diante de todo o Egito. Ele usa até o que nos ocorre de mais doloroso e terrível para um dia alcançarmos o que foi prometido.
HORA DA REVISÃO
1. Por que os irmãos de José tinham inveja dele?
R.: Por ele ser o filho preferido de Jacó; por ele ter uma túnica diferenciada; e por denunciar os erros dos irmãos.
2. Movidos pela inveja, o que os irmãos de José fizeram com ele?
R.: O venderam como escravo.
3. Quais eram os cargos dos prisioneiros que tiveram seus sonhos interpretados por José na prisão?
R.: Padeiro e copeiro.
4. Em qual região o povo hebreu habitou quando foi para o Egito?
R.: Terra de Gózem.
5. Qual parte da história de José mais chama a sua atenção e por que?
R.: Resposta pessoal.
Comentarista: Thiago Panzariello
“O silêncio de José, a fome e a mulher de Potifar
Muitos tomam José como um tipo de Cristo: uma pessoa inocente que sofreu por causa da maldade dos outros e, através do qual, o povo escolhido foi liberto da morte certa. O silêncio de José enquanto seus irmãos deliberavam seu destino (Gn 37.12-35) prefigura o silêncio de Cristo perante os juízes (cf. Is 53.7; 1Pe 2.23).
O contraste entre Judá e José é forte (Gn 39.15,16). Ambos foram tentados sexualmente. Judá procurou o sexo ilícito, enquanto José recusou repetidos apelos da mulher de seu Senhor. José lembra-nos que nunca podemos dizer que o sexo nos levou a pecar. A escolha é nossa, agir como Judá ou como José”
(RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, pp.45,46).