Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó?" (Mt 22.32a)

Lição 3: Conhecendo os Patriarcas

Juvenis

Lições Bíblicas CPAD – Juvenis – 1º Trimestre de 2025
Data/lição: 19 de janeiro de 2025
Lição 3: Conhecendo os Patriarcas
TEXTO BASE: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó?” (Mt 22.32a)

LEITURA DA SEMANAL

  • SEG – Êx 3.6 | Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó
  • TER – 1 Rs 18.36 | A oração de Elias
  • QUA – At 3.13 Deus dos antepassados
  • QUI – At 7.32 O Deus de teus pais
  • SEX – Mc 12.25-2 7 | Deus de vivos
  • SÁB – Hb 11.1 7-21 | Heróis da fé

LEITURA BÍBLICA EM CASSE:
Atos 7.4-16
4 Então, saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã. E dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora.
5 E não lhe deu nela herança, nem ainda o espaço de um pé; mas prometeu que lhe daria a posse dela e, depois dele, à sua descendência, não tendo ele filho.
6 E falou Deus assim: Que a sua descendência seria peregrina em terra alheia, e a sujeitariam à escravidão e a maltratariam por quatrocentos anos.
7 E eu julgarei a nação que os tiver escravizado, disse Deus. E, depois disto, sairão e me servirão neste lugar.
8 E deu-lhe o pacto da circuncisão; e, assim, gerou a Isaque e o circuncidou ao oitavo dia; e Isaque, a Jacó; e Jacó, aos doze patriarcas.
9 E os patriarcas, movidos de inveja, venderam a José para o Egito; mas Deus era com ele.
10 E livrou-o de todas as suas tributações e lhe deu graça e sabedoria ante Faraó, rei do Egito, que o constituiu governador sobre o Egito e toda a sua casa.
11 Sobreveio, então, a todo o pais do Egito e de Canaã fome e grande tributação; e nossos pais não achavam alimentos.
12 Mas, tendo ouvido Jacó que no Egito havia trigo, enviou ali nossos pais, a primeira vez.
13 E, na segunda vez, foi José conhecido por seus irmãos, e a sua linhagem foi manifesta a Faraó.
14 E José mandou chamar a Jacó, seu pai, e a toda sua parentela, que era de setenta e cinco alma;
15 E Jacó desceu ao Egito e morreu, ele e nossos pais;
16 E foram transportados para Siquém, e depositados na sepultura que Abraão comprara por certa soma de dinheiro aos filhos de Emor, pai de Siquém.
CONECTADO COM DEUS
Como veremos nesta lição, Deus opera de maneiras extraordinárias para cumprir seus propósitos eternos, mesmo em situações impossíveis ou incompreensíveis aos olhos humanos. Seus pensamentos são infinitamente maiores do que os nossos são capazes de alcançar (cf. Is 55-8,9). Saiba que Deus é conhecedor do porvir e nunca perde o controle de nenhuma situação. Cabe a nós perseverarmos na fé que, haja o que houver, Ele cumprirá o seu plano. Portanto, creia e espere, com fé, o cumprimento das promessas do Altíssimo para a sua vida!
OBJETIVOS:
OBTER um panorama da história do povo Hebreu, desde seu início com Abraão;
APRESENTAR os patriarcas: Isaque e Jacó, descendentes de Abraão;
COMPREENDER que a descendência de Jacó deu origem às doze tribos de Israel.
ANTES DA AULA
Amado(a) professor(a), dedique um tempo em suas orações para clamar a Deus pelos seus alunos. Ore pela sua classe, para que o Senhor atue nas diversas áreas da vida dos seus juvenis, sobretudo, nas quais eles mais necessitam.
Clame para que o propósito do Senhor se cumpra, enquanto você for o professor. Como diz em 1 Corintios 3.6: “Eu plantei, Apoio regou; mas Deus deu o crescimento’. Não importa para qual etapa do processo, Deus o chamou, seja para plantar ou para regar, faça a sua parte com dedicação e fé. Empenhe-se para que tal propósito se cumpra.
A vida dos patriarcas nos exemplifica que, a despeito de nossas falhas, podemos vivenciar milagres e termos intimidade com o Altíssimo. Desta forma, incentive esta busca aos seus alunos. Se possível, conte uma experiência marcante que você teve com Deus, a fim de edificar a fé de todos e reforçar que o Senhor é galardoador dos que o buscam; Ele se deixa encontrar (Cf. Mt 7.8).

1. ABRAÃO

Abraão, antes de ser chamado por Deus, era conhecido como Abrão e vivia na Mesopotâmia, mais especificamente na terra de Ur dos Caldeus (Gn 11.28-31), local onde casou-se com Sarai, que posteriormente seria chamada de Sara. Todavia, Tera, pai de Abrão, saiu de Ur, juntamente com sua família, em direção a Harã, onde, tempos depois, foi sepultado.
Após a morte de seu pai, Abrão foi chamado por Deus com a ordem: “Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.” (Gn 12.1). Abrão prontamente obedeceu e levou consigo seu sobrinho Ló. Abrão era da idade de 75 anos quando Deus apareceu para ele pela primeira vez e o patriarca saiu para peregrinar na região da Mesopotâmia.
1.1. A interferência humana.
Como Sarai, esposa de Abrão, era estéril, ele planejava deixar a sua herança para seu mordomo, o damasceno Eliézer (Gn 15.2). Tal plano estava de acordo com o código de leis da época, as leis de Nuzi; elas permitiam que quando alguém não tivesse descendentes para quem deixar a herança, poderia destiná-la a um servo fiel. Todavia, Deus prometeu a Abrão que ele teria um descendente: “Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de ti será gerado, esse será o teu herdeiro” (Gn 15.4). Entretanto, Abrão e Sarai não entenderam a vontade de Deus e Sarai deu a sua criada, Agar, por mulher a Abrão, a fim de que gerasse seu filho; este também era um costume da região mesopotâmica que além de possuir as leis de Nuzi, possuía também o Código de Hamurabi e ambos permitiam a prática sugerida por Sarai. O plano de Sarai foi acatado por Abrão. Agar engravidou do patriarca e deu à luz um filho, cujo nome era Ismael.
1.2. Deus reafirma suas promessas.
Quando chega à idade de 90 anos, Abrão recebe novamente a promessa que teria uma descendência numerosa e teve seu nome mudado de Abrão para Abraão, pois seria pai de muitas nações. Deus também fez promessas a Sarai, disse que ela daria à luz o filho de Abraão, que nações sairiam dela e mudou seu nome de Sarai para Sara. E Deus é tão específico que diz que o filho de Abraão e Sara se chamaria Isaque. A partir deste dia, a prática comum que marcaria esse povo, a circuncisão (sinal da aliança de Deus com o povo hebreu) é implementada e estabelecida.
Se Deus nos fez uma promessa, não devem os duvidar dela, por mais impossível que pareça, devem os crer e confiar porque Ele é fiel e vela pela sua palavra para cumprir (Jr 1.11-12).

2. ISAQUE

Quando Abraão recebeu a notícia de que teria um filho, riu (Gn 17.17) por se achar muito velho. Sara também riu (Gn 18.12-13), por achar que seu corpo não fosse capaz de conceber. Talvez por isso o nome de Isaque, filho de Abraão com Sara, o filho da promessa, se traduza como “riso”.
Na Bíblia, a história de Isaque possui alguns pontos marcantes: (1) seu nascimento: (2) Abraão, seu pai, oferecê-lo com o sacrifício; (3) seu casamento com Rebeca; (4) e seus filhos gêmeos, Esaú e Jacó.
2.1. A provisão de Deus na vida de Isaque.
O nascimento de Isaque é marcante pelo fato de ele ser o cumprimento da promessa feita a Abraão e Sara. Ele é o filho prometido e por muitos anos esperado. Mesmo assim, alguns anos depois, Deus provou a fé de Abraão no monte Moriá, episódio no qual Deus providenciou o cordeiro (Gn 22.1-19). A pergunta de Isaque é marcante: “Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gn 22.7b). Igualmente marcante é a resposta de Abraão: “Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho.” (Gn 22.8). E de fato proveu.
Quando Isaque chega em uma idade propicia para se casar, Abraão, que já era bem idoso, manda buscar em meio aos seus parentes (Gn 24.4) um a varoa para Isaque. Rebeca, que sem saber, tomou todas as atitudes que o servo de Abraão colocou diante de Deus e foi a escolhida para se casar com Isaque (Gn 24.10-21).
2.2. A família de Isaque.
Isaque e Rebeca se casaram e tiveram dois filhos gêmeos: Esaú e Jacó. Isaque tinha preferência por Esaú e Rebeca tinha preferência por Jacó. “E cresceram os meninos. E Esaú foi varão perito na caça, varão do campo; mas Jacó era varão simples, habitando em tendas. E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto; mas Rebeca amava a Jacó.” (Gn 25.27-28). Esse problema no relacionamento deles durou até a morte de Isaque, pois quando este foi proferir a bênção patriarcal para Esaú, Rebeca planejou uma situação para que essa bênção fosse para Jacó. Isaque desconfiou, mas, por estar cego, acabou proferindo a bênção mesmo assim (Gn 276-29).
Esta situação provocou uma briga entre os irmãos. É dever dos pais tratarem os filhos de forma justa, sem preferências, para não gerar problemas no seio familiar.

3. JACÓ (ISRAEL)

3-1. Os percalços na vida de Jacó.
Como é relatado em Gênesis 25.26, Jacó nasceu com a mão agarrada ao calcanhar de Esaú, por isso recebeu o nome de Jacó, que significa “suplantador”. E de fato ele ficou conhecido por comprar a primogenitura do seu irmão por um prato de lentilhas e enganar o próprio pai para obter a bênção destinada ao primogênito. Mas é também um dos nomes mais importantes na história do povo hebreu, pois são de seus filhos que surgem as doze tribos de Israel.
O patriarca passou por muitos problemas por ter se aproveitado de um momento de fraqueza de Esaú para comprar sua primogenitura e também por usurpara bênção patriarcal de seu pai, Isaque, acatando o plano de sua mãe, Rebeca (Cf. Gn 275-35).
Após alguns anos, finalmente, Esaú e Jacó se reencontraram e se reconciliaram: Jacó foi perdoado (Cf. Gn 33.1-10).
3.2. O marco na vida de Jacó.
Momento mais marcante da vida do patriarca certamente foi o de seu encontro com Deus no vale de Jaboque, local onde ele “luta” contra um anjo, que toca a sua coxa e o deixa manco (Gn 32.22-32). Foi neste encontro que Jacó teve seu nome mudado para Israel e sua história foi transformada para todo o sempre.
Israel não é apenas o seu nome, é também o nome da futura nação que seria formada e que conquistaria a Terra Prometida, Canaã.
Jacó teve duas esposas e duas concubinas, gerando doze filhos homens (Gn 35.22-26), que deram origem às doze tribos de Israel. Jacó teve o privilégio de viver o suficiente para ver seus netos crescerem e ainda fazer parte da comitiva que habitaria no Egito sob a governança de José.

PARA CONCLUIR

Deus está no controle da história. Para formar um povo. Ele escolheu um homem — Abraão — e o fez sair do meio de seus familiares para, através dele, iniciar a história de uma grande nação. E para mostrar o quanto é poderoso, o Senhor escolheu um homem e uma mulher já de idade avançada para terem um filho e através dele dar continuidade à promessa de uma grande nação.

HORA DA REVISÃO
1. Qual o nome da cidade de onde saiu Abraão?
R.: Ur dos Caldeus.
2. Qual patriarca teve filhos gêmeos?
R.: Isaque.
3. Qual personagem vendeu a sua primogenitura?
R.: Esaú.
4. Qual patriarca teve seu nome mudado para Israel?
R.: Jacó.
5 Qual patriarca mais te inspirou e por quê?
R.: Resposta pessoal.

Comentarista: Thiago Panzariello

1 thought on “Lição 3: Conhecendo os Patriarcas

  1. “O primeiro punhado de promessas feitas a Abraão, que na ocasião talvez ainda tivesse em Ur dos caldeus, inclui uma promessa ao mundo. Realmente, essa é a promessa mais plena de todas. É ótimo receber uma bênção, mas é melhor ainda conceder uma bênção. Dessa forma, é assegurado a Abraão que ‘em ti serão abençoadas todas as famílias da terra’ (Gn 12.3). Essa promessa e garantia são repetidas em Gênesis 18.19; 22.19 (cf. At 3.25; Gl 3.8).
    Pouca diferença faz se aceitamos a tradução acima ou a leitura sugerida: ‘por ti todas as famílias da terra serão abençoadas’. A diferença trata-se apenas de metodologia, não de princípios.
    O fator importante e principal é que o chamado de Abraão não se trata de favoritismo pessoal de um deus particularista para estabelecer uma religião local em prática e desígnio. Ele origina-se no Deus de glória e é designado pelo bem-estar da humanidade. Assim como Deus não chama seu ministro para o bem do ministro, mas para o bem da consagração, da comunidade e do mundo, Ele não chamou Abraão pelo bem de Abraão. O mundo estava à vista, e a humanidade era o objetivo, qualquer que fosse a metodologia. Essa promessa, com seu desígnio de intenção universal, foi transferida no devido tempo aos patriarcas, Isaque (Gn 26.4) e Jacó (Gn 28.14). De uma forma um tanto diferente, tanto enriquecida quanto mais específica, Judá a herdou de Jacó (49.10) e tornou-se o portador do bastão de comando de Israel, embora Levi tenha sido escolhido para o sacerdócio. Assim não há enfraquecimento de universalidade no período patriarcal. O desígnio e a intenção de Deus lhe são declarados enfaticamente”

    (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2000, pp.134,135).

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