Lições Bíblicas CPAD – Juvenis – 1º Trimestre de 2025
Data/lição — 16 de março de 2025
Lição 11 — Dominações e exílio
Texto base — “Pelo que o Senhor rejeitou a toda semente de Israel, e os oprimiu, e os deu nas mãos dos despojadores, até que os tirou de diante da sua presença” (2 Rs 1720)
LEITURA DA SEMANAL
- SEG – Jr 25.11 >> 70 anos da Babilônia
- TER – 2 Rs 17.13 >> Chance de se arrepender
- QUA – 2 Rs 17.14-18 >> Resultado da obstinação
- QUI – Jr 25.12 >> Punição à Babilônia
- SEX – Jr 25.2-7 >> Os profetas não foram ouvidos
- SÁB – Jr 23.5,6 >> Esperança messiânica
LEITURA BÍBLICA EM CASSE:
2 Reis 1712-17
12 E serviram os Ídolos, dos quais o Senhor lhes dissera: Não fareis estas coisas.
13 E o Senhor protestou a Israel e a Judá, pelo ministério de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Convertei-vos de vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda a Lei que ordenei a vossos pais e que eu vos enviei peto ministério de meus servos, os profetas.
14 Porém não deram ouvidos: antes, endureceram a sua cerviz, como a cerviz de seus pais, que não creram no Senhor, seu Deus.
15 E rejeitaram os estatutos e o concerto que fizera com seus pais, como também os testemunhos com que protestara contra eles: e andaram após a vaidade e ficaram vãos, como também após as nações que estavam em roda deles, das quais o Senhor lhes tinha dito que não fizessem como elas.
16 E deixaram todos os mandamentos do Senhor, seu Deus, e fizeram imagens de fundição, dois bezerros: e fizeram um ídolo do bosque, e se prostraram perante todo o exército do céu, e serviram a Baal.
17 Também fizeram passar pelo fogo a seus filhos e suas filhas, e deram-se a adivinhações, e criam em agouros: e venderam-se para fazer o que era mal aos olhos do Senhor, para o provocarem à ira.
CONECTADO COM DEUS
Sabemos que o Senhor tem um tempo determinado para todo o propósito debaixo do céu (Cf. Ec 1.1). Isso não se refere apenas às leis da natureza. O governo do Altíssimo, que rege o Universo, também está sobre a sua vida. Jesus disse que Deus cuida de nós nos detalhes: até os fios de cabelo da vossa cabeça estão todos contados (Cf. Lc 12.7). Por isso, não há o que temer. É verdade que, pela nossa humanidade, muitas vezes somos tomados pela angústia, ansiedade e medo. Mas o que vai definir sua vida é o que você fará diante destes sentimentos: vai andar por fé ou pela vista; vai alimentar sua carne ou o seu espírito; vai avançar, mesmo diante do medo, ou retroceder. Lembre-se: “ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não tardará. Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que creem para a conservação da alma” (Hb 1037-39). Deus está no controle de tudo! Creia!
OBJETIVOS:
Relatar a destruição de Samaria;
Abordar o contexto da queda de Jerusalém;
Refletir sobre a ida e a vida do povo de Deus no cativeiro.
ANTES DA AULA
Prezado(a) Professor(a), saber administrar bem o tempo é muito importante dentro e fora da classe de ED. Empenhe-se em preparar a aula adequando-a ao tempo determinado pela superintendência, isto é fundamental para um bom relacionamento ministerial. Para situações atípicas, é válido ter algo em mente caso sobre tempo, depois de aplicado todo o conteúdo da revista.
É crucial você sempre direcionar a conversa em classe, de volta ao foco da lição, de forma gentil e educada. Não se pode usar o tempo de aula para desabafar ou bater papo aleatório. Seus alunos gostam e é algo importante para estreitar os laços. Entretanto, na hora e no local devido. O momento da ED é breve e extremamente valioso para estudar a Palavra de Deus. Sempre se disponibilize a ouvi-los e conversar com eles após a aula.
1. A QUEDA DE ISRAEL
1.1. Os desvios morais de Samaria
Israel, ou seja, as dez tribos do Reino do Norte, foi tomado pela Assíria sob o governo do rei Oseias. Ele não serviu ao Senhor (2 Rs 172) e seus pecados inflamaram a nação, que já vinha em uma sequência de governantes ímpios.
Israel desprezava a Lei do Senhor, ao ponto de queimar os próprios filhos oferecendo-os a Ídolos (2 Rs 17.9-17). Tamanho declínio moral e espiritual provocou a ira de Deus, que levantou a Assíria, para corrigir o seu povo. Portanto, os motivos de sua queda foram, sobretudo, espirituais, e não políticos e militares. Mas não foi por falta de aviso. Deus já tinha levantado muitos profetas para alertar tanto a elite, quanto o povo sobre seus pecados. Elias, Eliseu, Oseias, Amós, entre outros profetas, pela infinita misericórdia divina, não só anunciavam a iminente destruição, como também a vinda do Messias e a restauração futura.
1.2. Cativeiro e destruição
Após três anos sitiado pela Assíria, em 722 a.C.. Israel se rendeu, marcando o fim do Reino do Norte como nação.
A política de dominação da Assíria consistia em levar vários povos, já dominados, para a cidade recém-conquistada (2 Rs 1724). Tal estratégia tinha como objetivo eliminar todo e qualquer sentimento de nacionalismo dos subjugados, dispersando-os a fim de que nunca mais conseguissem se reerguer. Toda esta miscigenação e descaracterização de Samaria foi o ponto alto da rivalidade que surgiria entre judeus e samaritanos.
<<INTERAÇÃO>>
Pergunte aos alunos: Por que Deus permitiu o cativeiro babilônico? Ouça atentamente as respostas e, em seguida, reforce que o povo apenas colheu o que plantou, sofrendo as consequências por sua constante desobediência.
O cativeiro seria uma espécie de castigo e correção divina para o povo. Solicite dois voluntários, a fim de que leiam em alta voz, um após o outro, as passagens de Provérbios 3.12 e Hebreus 12.5-6. Em seguida, pergunte aos juvenis o que extraem desses versículos para as suas vidas. Ao final, reforce que Deus nos corrige para o nosso bem, para nos dar o fim que nós mesmos desejamos (Cf. Jr 29.11).
2. A QUEDA DE JUDÁ
2.1. Ascensão da Babilônia
Após grandes conquistas, a Assíria, aos poucos, foi perdendo força, e aproveitando-se desse enfraquecimento, entre 626 e 612 a.C., a Babilônia, que surgiu como nova potência militar, conquistou o Império Assírio.
Judá e sua capital, Jerusalém, localizavam-se numa região de encruzilhada com muitas rotas comerciais. Por isso era muito disputada. O Reino do Sul buscou alianças com o Egito para resistir ao avanço da Babilônia (Cf. Is 31).
2.2. Queda de Jerusalém
Nabucodonosor conseguiu o controle sobre Jerusalém pela primeira vez em 605 a.C. Levou utensílios do Templo e alguns hebreus que se destacavam por suas habilidades, dentre eles Daniel e seus amigos. Ananias, Misael e Azarias (Dn 1.1-4). O Império Babilônico tinha como política levar primeiro os intelectuais e influentes com o mesmo objetivo de enfraquecer qualquer tentativa de retomada e restabelecimento da nação.
Em 597 a.C., Nabucodonosor cercou Judá, novamente. O rei Joaquim rendeu-se ao invasor, que confiscou outros bens preciosos do Templo e levou cativo, à Babilônia, dez mil pessoas, dentre elas o profeta Ezequiel.
Mais tarde, a fim de enfrentar uma séria revolta liderada pelo rei Zedequias (último rei de Judá), Nabucodonosor cercou novamente Jerusalém. E, por volta de 586 a.C.. após um prolongado cerco, destruiu a cidade e o Templo, levando a maioria dos habitantes de Judá cativos. As três investidas contra Jerusalém ocorreram num período de catorze anos (Leia 2 Rs 2414).
Assim como com o Reino do Norte, a destruição de Jerusalém e o cativeiro do povo de Judá foi consequência de seu declínio espiritual e moral. E por sucessivas vezes ter ignorado a voz do Senhor, por meio de seus profetas.
3. O CATIVEIRO BABILÔNICO
O povo do Reino do Sul, Judá, esteve cativo na Babilônia por 70 anos, cumprindo-se assim a profecia de que a terra teria seu devido descanso (2 Cr 36.21).
Enquanto Jeremias profetizava em Judá, Ezequiel levado na segunda leva de cativos profetizava aos exilados. Jeremias foi o profeta que mais anunciou a chegada do cativeiro. Mas também, por meio dele, o Senhor falou sobre o retorno à Jerusalém (Jr 29.10).
3.1. Jeremias e os falsos profetas
Naquele contexto, os falsos profetas anunciavam que em dois anos a nação retornaria do cativeiro (Jr 28.3). Tais apóstatas acabavam confundindo o povo. Entretanto, Jeremias, por ser um verdadeiro profeta, tinha certeza de que o cativeiro duraria os 70 anos e, também, de que haveria um retorno. Como prova disso, ele comprou as terras de seu tio em Anatote (Jr 32.6-15).
3.2. A tristeza do povo na Babilônia
O povo cativo na Babilônia ficou devastado. Salmos 1371.2 relata: “Junto aos rios da Babilônia nos assentamos e choramos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros, que há no meio dela, penduramos as nossas harpas”.
O povo de Deus era conhecido por seus salmos e hinos de louvor ao Senhor, mas já não os entoavam mais (Sl 137.4). Esse sentimento de dor e saudade da terra que o Senhor dera, marcou o povo durante todo o período de cativeiro.
SUBSÍDIO
PARA CONCLUIR
Tanto a destruição de Samaria, como o cativeiro de Jerusalém, foram devidamente anunciados por vários profetas. Logo, ninguém foi pego de surpresa e nem foi por falta de aviso, ou de chances de arrependimento, que tais fatos ocorreram. Isso nos serve de reflexão: Será que temos ignorado os avisos e oportunidades do Senhor para nos arrependermos de algo e nos voltarmos para Ele? Não aguardemos a destruição para nos consertarmos com nosso Deus e valorizarmos tudo de bom que Ele nos proporciona.
HORA DA REVISÃO
1- Qual Reino foi destruído pela Assíria?
R.: O Reino do Norte.
2- Qual cidade foi invadida por Nabucodonosor?
R.: Jerusalém.
3- Quanto tempo durou o cativeiro babilônico?
R.: 70 anos.
4- Em que ano Jerusalém foi destruída?
R.: Por volta de 586 a.C.
5- Qual Salmo relata a tristeza do cativeiro babilônico?
R.: O Salmo 137
Comentarista: Thiago Panzariello
SUBSIDIO
O cativeiro de Israel “Finalmente, Israel teve de pagar pelos seus pecados, Deus permitiu que a Assíria derrotasse e dispersasse o povo. Eles foram levados em cativeiro, engolidos pelo poderoso e ímpio Império Assírio. O pecado sempre traz disciplina, e as consequências do pecado são, às vezes, irreversíveis. O Senhor julgou o povo de Israel, porque ele havia copiado os maus costumes das nações vizinhas, adorando falsos deuses, adotando costumes pagãos, e seguindo seus próprios desejos. Aqueles que criam sua própria religião tende a viver de maneira egoísta. E viver para si mesmo, como Israel aprendeu, traz sérias consequências da parte de Deus.
Às vezes, seguir a Deus é difícil e doloroso, mas considere a alternativa. Você pode morrer com Deus. ou morrer sozinho. Decida ser uma pessoa de Deus. e fazer o que ele diz. independentemente do custo que isso lhe traga. O que Deus pensa a seu respeito é infinitamente mais importante do que pensam os que estão à sua volta. A destruição veio a Israel, tanto por causa de seus pecados públicos como pelos segredos. Os israelitas não apenas toleravam a iniquidade e a idolatria em público, como cometiam pecados ainda piores em particular. Os pecados secretos são aqueles que não desejamos que os outros conheçam, porque são vergonhosos ou incriminadores (Veja Rm 12.1-2:110 2.15-17).’ (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015. p.830).