Lições Bíblicas CPAD – Juvenis – 1º Trimestre de 2025
Data/lição — 02 de março de 2025
Lição 9 — Deus levanta profetas
Texto base — “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.20,21)
LEITURA DA SEMANAL
- SEG – Dt 18.21-22 ★ Discernindo a profecia
- TER – 2 Rs 4.9 ★ O profeta como homem de Deus
- QUA – 1 Sm 9.9 ★ O profeta como vidente
- QUI – 1 Rs 13.6 ★ O profeta como representante do povo
- SEX – Jr 23.9-22 ★ Falsos Profetas
- SÁB – Mt 7.15-18 ★ Cuidado com os falsos profetas
LEITURA BÍBLICA EM CASSE:
Deuteronômio 18.15-22
15 O Senhor, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis;
16 conforme tudo o que pediste ao Senhor, teu Deus, em Horebe, no dia da congregação, dizendo: Não ouvirei mais a voz do Senhor, meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra.
17 Então, o Senhor me disse: Bem falaram naquilo que disseram.
18 Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.
19 E será que qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele.
20 Porém o profeta que presumir soberbamente de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não tenho mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, o tal profeta morrerá.
21 E se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou?
22 Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele.
CONECTADO COM DEUS
0 que é ser um profeta? No Antigo Testamento, um profeta era alguém chamado por Deus para cumprir uma missão, especialmente a de entregar uma mensagem divina. Nem sempre o recado era em relação ao futuro, uma previsão ou algo relacionado ao fim das coisas. Em muitas ocasiões a mensagem era de arrependimento imediato. Agradável ou não aos ouvintes, o genuíno profeta declarava qualquer que fosse a Palavra do Senhor muitas vezes pagando um alto preço por isso. Você tem essa fé, coragem e compromisso?
Lembre-se: O Senhor chamou pessoas comuns, como você e eu, de várias classes sociais, com personalidades diferentes, em situações distintas, para fazer e dizer coisas extraordinárias da parte dEle.
OBJETIVOS:
Descrever o surgimento e o oficio dos profetas, registrados na Bíblia;
Distinguir os verdadeiros dos falsos profetas;
Refletir sobre a missão dos profetas.
ANTES DA AULA
Querido(a) professor(a), quando os alunos chegarem atrasados em sua aula, não seja ranzinza. Sabemos que a interrupção acaba atrapalhando, contudo, podem os reverter isso de maneira positiva. Seja carismático, mostre um bom acolhimento, conquistando a atenção do atrasado com uma brevíssima sinopse do que está sendo abordado. Por exemplo: ‘Carlinhos, que bom você chegou, estamos discutindo a diferença entre profetas literários e não literários. A partir daí, continue a sua aula. A Escola Dominical é um lugar de acolhimento, jamais de exclusão. Posteriormente a aula, em particular, você pode sondar se há algum problema, impedindo a pontualidade de cada juvenil. É importante considerarmos que, em alguns casos, o atraso não é pelo aluno ser relapso. Pode haver motivos sérios que, com a sua ajuda, poderão ser solucionados.
1. MOVIMENTO PROFÉTICO
1.1. Os profetas na Bíblia
O registro do termo “profeta”, atribuído a um ministério constante na nação de Israel, começou com a monarquia. Contudo, Abraão foi o primeiro a ser chamado de profeta (Gn 20.7), Moisés também foi considerado profeta (Dt 18.15), inclusive, 70 anciãos profetizaram quando a unção de Moisés foi repartida sobre eles — mas depois não profetizaram mais (Nm 11.17). Juízes como Débora (Jz 4.4— 5) e Samuel (1 Sm 3.20; 9.9) também foram considerados profetas. Já o fim dos profetas, nos moldes do Antigo Testamento, ocorreu com João Batista.
1.2. O serviço dos profetas
Com a monarquia, existiam os profetas que atuavam como conselheiros do rei, como o profeta Natã (2 Sm 12); imprescindível para a correção de Davi, quando este tramou a morte de Urias (Cf. 2 Sm 11.1-15). E existiam os profetas que eram levantados por Deus do meio do povo, pessoas comuns, com o por exemplo. Eliseu e Amós. Os profetas eram chamados de “homem de Deus” (Dt 33.1; 2 Rs 2.16). para os distinguir assim das demais pessoas (Cf. 2 Rs 4.9). Os profetas foram ainda mais necessários no período monárquico, pois eram os únicos que ousavam corrigir comportamentos pecaminosos e desvios espirituais vindos, até mesmo, de reis e sacerdotes.
Esses mensageiros do Altíssimo foram de extrema importância na história do povo de Deus, já que anunciavam tanto o juízo e perdão divino, quanto a esperança messiânica e a restauração futura.
<<INTERAÇÃO>>
Pergunte aos alunos: Ainda existe profecia genuína em nossos dias? Certamente responderão que sim, e este é o objetivo.
Saliente que apesar dos falsos profetas em nosso meio, a função do profeta é apresentada por Paulo com o um ministério a serviço da Igreja de Cristo (Cf. Ef 4 11-16).
Leia com a classe 1 Coríntios 14.29-32. Reforce que devem os sempre avaliar toda profecia, discernindo-a à luz da Bíblia e do Espírito Santo.
Caso você possua alguma experiência, na qual o Senhor o tenha revelado uma falsa profecia, compartilhe com a classe, enfatizando a importância de conhecermos a Palavra e termos intimidade com a voz do Espírito Santo para não cairmos em engano.
2. TIPO S DE PROFETAS
2.1. Profetas literários
Dentre os profetas mencionados na Bíblia, existem os literários e os não literários. De Isaías a Malaquias são livros de profetas que registraram suas profecias de forma escrita, portanto, os literários.
2.2. Profetas não literários
Já os profetas não literários são aqueles que são mencionados na Bíblia, todavia não foram eles que fizeram tal registro, com o por exemplo: Aias (1 Rs 11.29): Elias (1 Rs 17.19): Eliseu (1 Rs 19.16: 2 Rs 3.11; 2 Rs 5.8): Natã (2 Sm 12); Gade (1 Sm 22.5: 2 Sm 2411): Micaias (1 Rs 22.8-14), entre outros menos conhecidos.
A despeito de os profetas escreverem ou não suas profecias, a atuação destes servos de Deus foi crucial à nação de Israel e continua sendo para nós hoje.
3. A MISSÃO DOS PROFETAS
3.1. Perseguição aos profetas
A missão de um profeta é clara: entregar a mensagem de Deus, seja qual for e para quem for, seja para um rei (autoridade política), para um sacerdote (autoridade religiosa), ou uma mensagem geral para o povo (nação).
Pelo fato de os genuínos profetas entregarem exatamente o que o Senhor mandava — nem sempre uma mensagem agradável —, isto fazia com que eles fossem muito perseguidos; alguns inclusive foram sentenciados à morte por reis que não gostavam de ouvir nada que os contrariassem (Cf. 2 Cr 18.6-26).
3.2. Mensagem profética de esperança
A maioria dos profetas legítimos no Antigo Testamento não só anunciava sobre um juízo que viria, caso os ouvintes não se arrependessem, como também proclamava a esperança da vinda do Messias e uma restauração futura. Ainda assim, muitos profetas foram perseguidos, rejeitados, esbofeteados, presos e, até mesmo, mortos (Mt 23.29-36).
4. O S FALSOS PROFETAS
4.1. Acautelai-vos dos falsos profetas
Os falsos profetas eram imorais e se popularizavam justamente por profetizarem o que o rei e o povo gostariam de ouvir. Assim, prestavam um verdadeiro desserviço à população, pois a confundiam e não levavam a mensagem genuína de Deus, falavam apenas aquilo que era agradável aos ouvidos da “plateia”. E todos continuavam em pecado (Cf. Jr 23.32; Ez 13; Mq 3.5-7).
4.2. Discernindo o espírito de engano
Em Deuteronômio 13, são dadas algumas recomendações em relação aos falsos profetas. Após centenas de anos, os alertas seguem válidos e eficazes nos dias de hoje. Qualquer que levar o povo à idolatria, ou à prática de qualquer comportamento não condizente com a Palavra de Deus e o caráter de Cristo, este é um falso profeta.
É crucial lembrar de que temos o Espírito Santo, que nos ajuda a discernir todas as coisas (Cf. 1 Jo 2.20; 4.1)
SUBSÍDIO
PARA CONCLUIR
Ser profeta é uma árdua missão, pois até hoje requer não apenas o chamado de Deus, mas também coragem para anunciar com ousadia a sua vontade. Os verdadeiros profetas falam movidos pelo Espirito Santo: e se preocupam em agradar a Deus, não aos homens. O Senhor, dono da mensagem, se encarregará do porvir. Portanto, o profeta genuíno não se preocupa com ‘status’ ou rejeição. Seu compromisso é obedecer a Deus que o chamou.
HORA DA REVISÃO
1. Quem foi o primeiro a ser chamado de profeta na Bíblia?
R.: Abraão.
2. Qual é a missão de um profeta e por que sua função se fez ainda mais presente durante o período monárquico de Israel?
R.: Receber uma mensagem da parte de Deus e passá-la seja a quem for. Os profetas foram ainda mais necessários no período monárquico, pois eram os únicos que ousavam corrigir comportamentos pecaminosos e desvios espirituais vindos de reis e sacerdotes.
3. Explique a diferença entre os profetas literários e profetas não literários, citando alguns exemplos de ambos.
R.: Os profetas literários são os que escreveram suas profecias: de Isaias a Malaquias. Os profetas não literários são os que não escreveram suas profecias, mas histórias são contadas sobre eles: Elias, Eliseu, entre outros.
4. Por que os falsos profetas prestavam um desserviço à população?
R.: Porque confundiam o povo, não levando a mensagem genuína de Deus. Assim, todos continuavam em pecado.
5. Como discernir um falso profeta?
R.: Qualquer que levar o povo à idolatria ou à pratica de comportamento não condizente com a Palavra de Deus e o caráter de Cristo, este é um falso profeta. Além disso, o Espírito Santo, em nós, nos ajuda a discernir (Cf. 1 Jo 2.20; 4.1)
Comentarista: Thiago Panzariello
SUBSIDIO
Os verdadeiros e os falsos profetas “O Evangelho de Mateus torna o fruto dos profetas a verdadeira prova de tais ministérios. O caráter é essencial. O evangelista comenta muitas vezes o tema de árvores boas e ruins e seus frutos; seu interesse em produzir justiça o compele a repetir o tema. João Batista fala que a impenitência dos fariseus e saduceus é como árvores ruins (cf. Mt 3.8-12) Em Mateus 12.33.35 Jesus une a acusação dos fariseus (de que Ele faz o bem pelo poder do mal) com dar maus frutos e a chama de blasfêmia contra o Espírito Santo. […] Em algum as com unidades a prova para as profecias lidava com a negação protognóstica da carne de Jesus Cristo (1J0 4.1-3) ou com o espírito de legalismo (Gl 1.8.9). Mateus identifica que o fruto do erro é o antinomismo, chamando estas pessoas de: Vós que praticais a iniquidade’ (Mt 7.23). Mesmo que eles [os profetas] façam milagres, a doutrina e o estilo de vida são os critérios para discernimento.’’
(STRONSTAD, Roger; ARRINGTON. French L. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1. 4a Edição. Rio de Janeiro: CPAD. 200g, pp.61.62).