Lição 7 – Noé e o recomeço da vida

Adolescentes

Lições Bíblicas CPAD – ADOLESCENTES – 1º Trimestre de 2025
Data/lição – 16 de fevereiro de 2025
Lição 7 – Noé e o recomeço da vida
A mensagem – “Mas o Senhor Deus aprovava o que Noé fazia.” Gênesis 6.8
Leitura bíblica Gênesis 6.13-22; 8.15-22

Devocional

  • Segunda >> Dt 32.4
  • Terça >> Sl 51.17
  • Quarta >> Is 54.9
  • Quinta >> 1 Pe 3.20
  • Sexta >> Hb 11.7
  • Sábado >> Mt 24.37-39

OBJETIVOS:
APRESENTAR A narrativa da vida de Noé, sua família e missão;
EXPLICAR o dilúvio;
DESTACAR a aliança de Deus com toda a humanidade.
Ei Professor!
A adolescência é uma fase de constantes descobertas e transformações. Por isso, ela é tão fundamental no processo deformação do indivíduo.
No campo da fé, o adolescente pode viver algumas oscilações, assim como em outras áreas. Por isso, você, professor de Escola Dominical, deve estar sempre pronto a ser um mentor e conselheiro para os alunos. Eles precisam de orientação para se fortalecerem.
Em sua vida pessoal professor, pode também haver momentos de eventual dificuldades e provações. Saiba, porém, que o Deus de Noé, o nosso Deus, sempre está pronto a lhe ajudar. Sempre que for necessário busque se fortalecer no Senhor para perseverar na fé e no seu ministério.
Ponto de Partida
Para esta aula, leia atentamente os capítulos 7 e 8 de Gênesis. Faça anotações e compreenda bem a cronologia do dilúvio. Esse entendimento é essencial para a ministração da presente lição.
Para concluir a lição, enfatize que Deus está sempre disposto a dar uma chance de recomeço ao homem, desde que haja quebrantamento. Assim, ímpios, desviados e os fracos na fé tem no amoroso Criador a possibilidade de uma vida de santidade, mediante arrependimento e confissão de pecados. Ore com os alunos, a fim de que eles sejam fortalecidos pelo Senhor. Se houver alguém presente na aula que, porventura, perdeu as forças na caminhada, faça o apelo e convide essa pessoa para um recomeço com Deus.

VAMOS DESCOBRIR
Imagine Deus olhar para terra e encontrar apenas um homem que lhe agrade. Isto é o que aconteceu nos dias de Noé e sua família. O pecado dominava a terra de forma tão intensa, que somente esse justo buscava andar de forma reta diante do Criador. Foi nesse contexto que Deus decidiu extinguir a raça humana para em seguida fazer um novo povo.
Noé viveu experiências que nunca pensou serem possíveis: receber de Deus a missão de construir a arca para salvação da espécie humana e muitos animais, vivenciar o terror do dilúvio sobre a terra e depois ser parte de uma aliança com Deus

Hora De Aprender

I – QUEM FOI NOÉ

1. Noé e sua família
Noé era descendente de Sete, filho de Adão (Gn 5.7). Noé era filho de Lameque e neto de Matusalém (Gn 5.25,28), o homem com maior idade registrada na Bíblia (Gn 5.21). Além disso, era bisneto de Enoque, o homem que andou com Deus e foi arrebatado (Gn 5.24). Quando Noé nasceu, seu pai profetizou: “[…] este menino vai trazer descanso para nós” (Gn 5.29).
Noé era casado e pai de três filhos, Sem, Cam e Jafé (Gn 5.32). Ele era um homem justo e obediente a Deus (Gn 6.9). Noé é um dos heróis da fé, pois temeu a Deus e creu quando ouviu sua voz (Hb 11.7).
2. Os contemporâneos de Noé
Os homens se multiplicaram e foram se espalhando pela face da terra (Gn 6.1). Os descendentes de Adão deveriam contar a história do Éden uns aos outros para prevenir o homem de cometer novos pecados diante de Deus. Porém, “[…] o Senhor viu que as pessoas eram muito más e que sempre estavam pensando em fazer coisas erradas” (Gn 6.5). A triste conclusão é que houve a multiplicação do mal, e não da retidão e da gratidão.
3. A insatisfação de Deus com os homens
O Criador ficou muito “triste e com o coração tão pesado” (Gn 6.6) que decidiu extinguir toda a raça humana (Gn 6.7,12). Deus é sempre justo e não comete erros (Dt 32.4). A decisão em tomar medida tão dura contra os contemporâneos de Noé foi porque a medida do pecado deles atingiu um nível muito alto. Se houvesse pessoas com um coração voltado para Deus, com arrependimento e súplicas, não haveria necessidade de um juízo tão duro. Apenas Noé e sua família faziam o que agradava a Deus (Gn 6.9-12).
I – AUXÍLIO DIDÁTICO

II – DEUS MANDA O DILÚVIO

1. O anúncio das muitas águas
Deus aprovava a conduta de Noé entre seus contemporâneos O filho de Lameque estava sempre em comunhão com Deus (Gn 6.10). Em certa ocasião, o Criador se apresentou a Noé e anunciou seu plano de destruir toda a raça humana (Gn 6.13).
O Senhor estava decidido e sua determinação não poderia ser impedida.
2. Instruções para a arca
Para preservar os homens e os animais na face da terra, Deus orientou Noé iniciar um grande projeto de engenharia naval O justo homem deveria construir uma grande arca de madeira, para que nela sua família e muitos animais fossem abrigados e não morressem afogados (Gn 6.14).
A arca tinha dimensões muito grandes: 133 metros de comprimento, 22 metros de largura e 13 de altura. Por dentro, a arca tinha compartimentos divididos em três andares, portas, além de ter todas as brechas tapadas com piche (Gn 6.14-16).
3. O dilúvio sobre a terra
Chegado o tempo, no grande barco entraram Noé, sua esposa, seus filhos e as noras do patriarca (Gn 7.7,11-13). E com eles, todos os animais que Deus determinou que também entrassem na embarcação (Gn 7.8,9,14-16). O Senhor lacrou a porta da arca (Gn 7.16). Dos céus e das grandes fontes jorraram águas em abundância por 40 dias e 40 noites (Gn 7.10-12).
No Éden, o pecado causou a expulsão do homem, abriu portas para a morte e provocou a maldição da terra. Sob o dilúvio, uma vez mais, a humanidade sofreu por causa das iniquidades. Tudo que tinha fôlego, homens, aves e animais terrestres, mas que estavam fora da arca, morreu (Gn 7.21-23).
II – AUXÍLIO TEOLÓGICO

III – A ALIANÇA DE DEUS COM NOÉ E TODA CRIAÇÃO

1. O fim do dilúvio
As águas do dilúvio subiram, levantaram a arca que ficou boiando sobre a terra (Gn 7.17,18). Passados 150 dias do dilúvio, as águas começaram a baixar, quando Deus mandou um vento soprar sobre a terra (Gn 7.24; 8.1).
Noé, para verificar as condições da terra, da janela da arca soltou um corvo, que foi e voltou, sem encontrar terra seca (Gn 8.7). E, depois, soltou também uma pomba (Gn 8.8,9); depois de sete dias, soltou novamente a pomba, que dessa vez levou ao patriarca uma folha de oliveira (Gn 8.10,11), por fim, em mais sete dias tornou a soltar a ave, que não mais retornou para a arca (Gn 8.12). Passado cerca de 1 ano, desde o início do dilúvio, a terra estava bem seca (Gn 7.11;8.13,14).
2. Noé sai da arca
Sob orientação divina, Noé, sua mulher, seus filhos e noras saíram da arca, juntamente com todos os animais (Gn 8.16-19). A única família do mundo contemplava a nova terra, sem outros seres humanos. Os animais existentes eram somente os que saíram da arca.
Nesse novo cenário, a primeira coisa que Noé fez foi construir um altar para adorar a Deus (Gn 8.20). Homens e mulheres que temem a Deus estão sempre preocupados em buscar ao Senhor em oração e súplicas, independente das circunstâncias.
3. O pacto de Deus com a criação
O cheiro do sacrifício de Noé chegou até o Senhor, que se agradou daquela adoração. Deus, então, fez uma promessa para toda humanidade: Nunca mais vou amaldiçoar a terra por causa da raça humana […]. Também nunca mais destruirei todos os seres vivos, como fiz desta vez. Enquanto o mundo existir, sempre haverá semeadura e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8.21,22).
Então, Deus abençoou Noé e sua família, para que se multiplicassem e se espalhassem sobre a terra e para dominarem sobre os animais (Gn 9.1-3). Esta bênção era semelhante àquela dada a Adão e Eva (Gn 1.28).
Para firmar sua aliança, o Criador colocou no céu o arco-íris (Gn 9.11-13). Ele é a lembrança de que Deus prometeu e vai cumprir o que foi dito, é sinal de que o Criador tem um compromisso com toda a criação. Em Noé, Deus marcou o recomeço da vida para toda a criação.
III AUXÍLIO DIDÁTICO

CONCLUSÃO

O dilúvio foi a resposta de Deus diante do aumento generalizado do pecado sobre a face da terra. No entanto, Deus não exterminou a raça humana em sua totalidade. Preservou a humanidade, através de Noé e sua família. Mais uma vez Deus demonstrou misericórdia com sua criação.

VAMOS PRATICAR

Pense Nisso
O Senhor continua detestando o mal. O nível de maldade dos homens parece não diminuir. Mas, nós, cristãos, somos diferentes. Estamos neste mundo para fazer a luz de Cristo brilhar. Assim, como Noé deu bom testemunho em sua geração, nós devemos agir como verdadeiros filhos de Deus, vivendo em santidade e nos distanciando do pecado.

Comentarista: João Paulo Mendes

4 thoughts on “Lição 7 – Noé e o recomeço da vida

  1. I – AUXILIO DIDÁTICO

    “-Maldade e violência – Essas palavras são usadas para caracterizar os pecados que causaram o dilúvio de Gênesis. Maldade é rasah, atos criminosos que violam os direitos dos outros e tiram proveito do sofrimento deles. Violência é hamas, atos deliberadamente destrutivos que visam prejudicar outras pessoas. Quando qualquer sociedade é marcada por situações frequentes de maldade e violência corre o risco de receber o Juízo de Deus. – Noé. Noé deve ser honrado por sua constante fidelidade. Ele trabalhou 120 anos na construção da arca numa planície sem água (cf. Gn 6.3). Ele deve ter sofrido zombaria sem piedade dos seus vizinhos; nenhum dos quais respondeu às suas advertências acerca do juízo divino. Contudo, Noé não deixou de confiar em Deus. Manteve uma postura obediente. Percebemos a qualidade de nossa fé quando passamos por provações”
    (RlCHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD. 2012, p. 29).

    II – AUXILIO TEOLÓGICO

    “O dilúvio de Noé, ou Inundação, foi um golpe único, o maior já desferido por um Deus santo contra esta terra e seus habitantes. Foi provocado pela apostasia e corrupção universal do homem, de quem está escrito: ‘Toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente’ (Gn 6.5). Mais espaço é dedicado à descrição desta catástrofe aquosa universal nos primeiros capítulos de Gênesis, do que à criação e à queda do homem. O termo técnico para ‘dilúvio’ usado em Gênesis 6-11 (e no Sl 29.10) é mabbul, que é traduzido como katalismos na LXX [Septuaginta], e a mesma palavra grega é usada em várias referências no N T ao Dilúvio (Mt 24.38,39: L 17.27; 2 Pe 2.5). Também há referências ao dilúvio em Salmos 104.6-9; Isaías 54.9; Hebreus 11.7; 1 Pe 3.20; 2 Pe 3.3-7; e possivelmente em Já 12.15 [_]. As Fontes das Águas do Dilúvio: Em Gênesis 7.11, somos informados de que, no mesmo dia em que o Dilúvio começou, romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus abriram-se’. A partir disso podemos presumir, em primeiro lugar, que um grande sublevantamento suboceânico fez com que os mares passassem dos limites das costas continentais e terras baixas. Segundo, todo o vapor antediluviano e invisível do céu, que havia ficado suspenso na atmosfera superior desde o segundo dia da criação (Gn 1.6-8), caiu sobre a terra”
    (PFEIFFEX, Charles F; VOS, Hward F.; REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, pp. 559,561)

    III – AUXILIO DIDÁTICO
    “-Sacrifício e Promessa (Gn 8.20¬ 22). Saindo da arca, Noé dirigiu seus pensamentos e ações primeiramente a Deus. Sacrificou no altar (v.20) animais e pássaros limpos, dos quais havia número em excesso (Gn 7.2,8,9), e Deus respondeu. Aqui, a frase cheirou o suave cheiro (Gn 8.21) não indica que Deus estava sofregamente faminto, mas que estava ciente do ato de Noé e o aprovava. Deus toma a resolução interior de não usar um dilúvio outra vez como meio de punição. As razões para tal punição ainda permaneciam, porque a imaginação do coração do homem é má dede a sua meninice (v.21), mas a misericórdia de Deus impediria um dilúvio como punição. Isto não significa que não haveria mais punições. Enquanto o pecado persistir entre os homens, a punição virá, embora por outros meios. Como sinal da sua decisão, Deus estabeleceu uma regularidade de sequências naturais que encorajariam o homem a ter esperança no futuro. -O concerto de Deus com Noé (Gn 9.1-17). Rememorativo de Gn 1.28,29, abençoou Deus a Noé e a seus filhos (Gn 9.1), os quais receberam uma ordem de povoar a terra. Eles tinham de dominar sobre todas as outras criaturas da terra’
    (LIVINGSTON, George H. In Comentário Bíblico BEACON. Vol 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 51)

  2. “O dilúvio

    Cristãos que mantêm uma ampla visão das Escrituras debatem se o dilúvio descrito em Gênesis foi uma inundação universal, que cobriu a total superfície do globo, ou uma inundação limitada, que afetou somente áreas habitadas pelo homem. Versos como ‘todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu foram cobertos’ (7.19,20) e ‘tudo que tinha fôlego de espírito de vida em seus narizes, tudo o que havia no seco, morreu’ (vv.21-23) sugerem um cataclisma mundial. Mas como seria o fato de que não há água suficiente em nosso planeta e na atmosfera para cobrir montanhas tais como o Evereste? Aqueles que mantêm a visão universal acreditam que o dilúvio modificou a face da terra, levando o leito dos mares e formar reentrâncias e empurrando montanhas para um lugar mais alto. Seja qual for a nossa visão, está claro que o relato do dilúvio estabelece uma poderosa declaração. Ele afirmava que Deus é Regente moral deste universo, que tem o poder de julgar o pecado. 2 Pedro 3 lembra-nos daqueles que escarnecem da ideia do Juízo Final que o Senhor perpetuou nos tempos de Noé para julgar os homens ímpios e violentos. O Todo-Poderoso, cujo ódio ao pecado está revelado no dilúvio, não permitirá que os pecados continuem impunes”
    (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.29).

  3. NOÉ – Varão Justo

    “Em meio à iniquidade e maldade generalizada daqueles dias, Deus chamou Noé um homem que ainda buscava comunhão com Ele e que era ‘varão justo’. (1) ‘Reto em suas gerações’, equivale dizer que ele se mantinha distanciado da iniquidade moral da sociedade ao seu redor. Por ser justo e temer a Deus e resistir à opinião e conduta condenáveis do público, Noé achou favor aos olhos de Deus. (2) Essa retidão de Noé era fruto da graça de Deus nele, por meio da sua fé e do seu andar com Deus. A salvação no Novo Testamento é obtida exatamente da mesma maneira, mediante a graça e a misericórdia de Deus, recebidas pela fé, cuja eficácia conduz o crente a um esforço para andar com Deus e permanecer separado da geração ímpia ao seu redor. Hebreus 11.7 declara que Noé ‘foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé’. (3) O Novo Testamento também declara que Noé não somente era justo, como também pregador da justiça (2Pe 2.5). Nisso, ele é exemplo do que os pregadores devem ser”
    (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.42).

  4. DEUS SE ARREPENDEU?

    “Nos dias de Noé, o pecado abertamente se manifestava no ser humano, de duas principais maneiras: a concupsciência carnal (v.2) e a violência (vv.11,12). A degeneração humana não mudou; o mal continua irrompendo desenfreado através da depravação e da violência. Hoje em dia, a imoralidade, a incredulidade, a pornografia e a violência dominam a sociedade inteira.

    Deus se revela já nestes primeiros capítulos da Bíblia, como um Deus pessoal para com o ser humano, e que é passível de sentir emoção, desagrado e reação contra o pecado deliberado e a rebelião da humanidade. (1) A expressão ‘arrependeu-se’ (6.6) significa que, por causa do trágico pecado da raça humana, Deus mudou a sua disposição para com as pessoas; sua atitude de misericórdia e de longaminidade passou à atitude de juízo. (2) A existência de Deus, o seu caráter e seus eternos propósitos traçados, permanecem imutáveis, porém, Ele pode alterar seu tratamento para com o homem, dependendo da conduta deste. Deus altera, sim, seus sentimentos, atitudes, atos e intenções, conforme as pessoas agem diante da sua vontade (Êx 32.14; 2Sm 24.16).

    (3) Essa revelação de Deus como um Deus que pode sentir pesar e tristeza, deixa claro que Ele, em relação à sua criação, age pessoalmente, como no recesso de uma família. Ele tem um amor intenso pelos seres humanos e solicitude divina ante a penosa situação da raça humana (Sl 139.7-18)”

    (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.41).

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