Lições Bíblicas CPAD – Pré-Adolescentes –1º Trimestre de 2025
Data/lição: 09 de fevereiro de 2025
Lição 6: O início da tribulação
A lição de hoje encontra-se em: 1ª Tessalonicenses 2.8-12
A Bíblia diz: “E as pessoas dirão: ‘De fato, os bons são recompensados. Realmente existe um Deus que julga o mundo’.” Salmos 58.11
Devocional
- SEGUNDA-FEIRA — Isaías 13.11
- TERÇA-FEIRA — Marcos 13.19
- QUARTA-FEIRA — Apocalipse 3.10
- QUINTA-FEIRA — Mateus 24.21
- SEXTA-FEIRA — 2 Tessalonicenses 2.9
- SÁBADO — 2 Tessalonicenses 2.8
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Olá, professor(a), a paz do Senhor! Nesta lição, seus alunos aprenderão sobre o terrível momento pelo qual a terra passará após o Arrebatamento da Igreja. Esse tempo é conhecido como Grande Tribulação. No entanto, os estudiosos consideram que esse período está separado em duas etapas, cada qual, de três anos e meio. Para explicar melhor os detalhes da Grande Tribulação e o que ocorrerá nesse tempo, inicie a aula pedindo para que seus alunos leiam atentamente o versículo destacado na lição: Salmos 58.11. Em seguida, pergunte o que eles entenderam. Permita que se expressem e, depois, explique cada parte do versículo. Comece dizendo que se “a Bíblia diz”, então é verdade porque ela é a Palavra de Deus. Relembre as recompensas entregue aos salvos descritas na última aula. Em seguida, ressalte que após o Arrebatamento da igreja, Deus trará o julgamento sobre todo o mundo. Esse julgamento se dará durante a Tribulação. Que o Espírito Santo use você e fale ao coração de cada um de seus alunos. Tenha uma ótima aula!
OBJETIVOS:
ENTENDER que a ausência da Igreja na terra acarretará muitos danos;
COMPREENDER que a Tribulação é um tempo de muito sofrimento para os que não forem arrebatados;
DESCREVER o período de falsa paz e falsa segurança na terra durante a Grande Tribulação.
CONHECENDO + DE DEUS
Amigo(a) pré-adolescente, a paz do Senhor. A Bíblia destaca de maneira clara que Deus é bom e que devemos provar da sua bondade (SI 34.8). Mas isso não significa que Ele não faça justiça. Nesse sentido, o Dia do Arrebatamento da Igreja será um divisor que colocará a parte aqueles que servem a Deus e aqueles que não quiseram obedecer à sua vontade. A lição desta semana ressalta o que deve acontecer no mundo após o Arrebatamento da Igreja.
1. A IGREJA NÃO ESTARÁ NA TERRA
Com o desaparecimento dos salvos, a terra imediatamente entrará em colapso. Imagine um avião cheio de passageiros ficando sem seu piloto e pessoas da tripulação; os pais conversando enquanto observam suas crianças brincarem no parque e, de repente, elas desaparecem; em uma roda de amigos, alguns deles desaparecem instantaneamente. Será que você terá subido ao encontro de Jesus ou estará entre os que ficarem? Naquele dia, haverá espanto e desespero em toda a Terra.
a. O templo do Espírito Santo. A Bíblia ensina que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1 Co 6.19). Ele habita naqueles que entregaram suas vidas a Jesus e se tornaram parte da Igreja. Entretanto, após o Arrebatamento, essa casa terrena se revestirá de glória e o Santo Espírito não atuará neste mundo como atua neste tempo em que vivemos. Para aqueles que ficarem, restará uma sensação de tristeza e remorso por não terem aproveitado o tempo presente para obedecerem ao Espírito Santo. Sem dúvida, será terrível!
b. A luz do mundo. Quando Jesus esteve neste mundo, Ele disse de si mesmo: “Enquanto estou no mundo, Eu sou a luz do mundo” (Jo 9.5). Depois que Ele ascendeu aos céus, a luz não se apagou, mas brilha até hoje por meio de cada um dos crentes. O Mestre afirmou a respeito dos seus discípulos “vocês são a luz para o mundo” (v. 14) e “a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês” (v. 16). Enquanto estão neste mundo, os crentes devem brilhar para que outras pessoas conheçam a Deus e sejam livres de passar pela Tributação.
c. Um dia de muita surpresa. O dia do Arrebatamento será uma surpresa para muitas pessoas. Para os que não são crentes, haverá muita especulação relacionando o evento ao surgimento de forças cósmicas ou alienígenas. Para os crentes que não foram obedientes a Deus, será um dia de grande lamento, pois mesmo conhecendo as Escrituras Sagradas não o serviram com seriedade (Mt 7.21-23).
Assinale V para verdadeiro e F para Falso:
(V) O nosso corpo é o templo do Espírito Santo.
(F) O dia do Arrebatamento não será uma surpresa para a humanidade.
(F) Os crentes não têm a obrigação de brilhar neste mundo.
(V) Para os crentes desobedientes, o Arrebatamento será um dia de grande lamento.
2. INÍCIO DAS DORES PARA OS QUE FICAREM
O Senhor Jesus relatou aos seus discípulos como seria o tempo dos eventos finais na terra antes da sua volta e do início do mundo vindouro. Esse relato é conhecido na Bíblia como sermão profético (Mt 24-25). O Mestre compartilhou muitas informações importantes, dentre elas, descreveu o período da Grande Tribulação. Haverá um sofrimento em todo mundo como nunca houve desde quando Deus criou a humanidade (Mt 24.21).
a. Grande sofrimento. A partir do momento em que os crentes salvos forem tirados da terra, o cenário mundial será caótico: pessoas desaparecidas, aviões caindo, carros sem seus motoristas, trens desgovernados etc. Haverá muito sofrimento porque Deus executará o seu juízo sobre a terra por causa do pecado. As circunstâncias tornarão evidente a necessidade de alguém capaz de governar, arrumar a bagunça e trazer paz e harmonia novamente.
b. A necessidade de um salvador. Em meio à tensão e ao desespero em massa, momento em que as pessoas não saberão o que fazer ou a quem recorrer, elas clamarão por um líder que as salve, alguém que possa socorrê-las e dar a direção. Então aparecerá o Perverso (2 Ts 2.3), um homem que será a personificação do Diabo. Ele surgirá como alguém disposto a resolver o problema da humanidade e trazer paz para todas as nações. Ele é chamado de Anticristo, pois se posicionará contra tudo o que é divino (2 Ts 2.4).
c. Há um que o impede. O apóstolo Paulo destaca que há somente um que será tirado para que, finalmente, apareça o homem do pecado, a quem o Senhor Jesus destruirá pelo sopro da sua boca (cf. 2 Ts 2.7). A maioria dos estudiosos concorda que “este” que ainda resiste e que do meio será tirado se refere ao Espírito Santo. Sem a presença do Santo Espírito a Igreja não consegue vencer o mundo. No período da Grande Tribulação, a ação do Espírito Santo em deter o pecado será removida e a rebelião do mal dominará este mundo (2 Ts 2.711).
Por que as pessoas, após o Arrebatamento, clamarão por um salvador?
R: Em meio a tensão e ao desespero em massa, as pessoas não saberão o que fazer ou a quem recorrer, então pedirão por um salvador.
3. UM TEMPO DE FALSA PAZ
O período que se inicia após o Arrebatamento da Igreja é conhecido como Grande Tribulação que se divide em duas fases: a primeira é marcada pela aliança de falsa paz do Anticristo com as nações durante três anos e meio; a segunda refere-se à quebra da aliança e perseguição aos judeus, completando a outra metade dos sete anos.
a. Um tempo de juízo. Depois que a igreja for arrebatada e encontrar com Cristo nos ares, virá o tempo do Juízo de Deus sobre a Terra. Para aqueles que foram infiéis ao Evangelho, será um tempo de dor e perseguição. No Antigo Testamento, os profetas anunciavam esse tempo como “Dia da Vingança” (Is 34.8) e “Dia do Senhor” (Jl 3.14). No Novo Testamento, ele recebe o nome de “Dia da Ira” (Rm 5.9, 1 Ts 5.9).
b. Duração. O período de dor e sofrimento inigualáveis, com certeza, passará a impressão de estar durando uma eternidade, visto que até a morte, por algum tempo, não será encontrada por aqueles que, de tanto sofrerem, a buscarão. Mas a Bíblia relata que tudo isso ocorrerá dentro de um tempo determinado. O Senhor Deus revelou ao profeta Daniel que será um período de sete anos (Dn 9.27).
c. Paz e prosperidade. Esses sete anos serão divididos em duas fases distintas, cada uma de três anos e meio de duração. Na primeira, uma sensação de paz e prosperidade tomará conta da terra porque o Anticristo firmará o seu poder e mostrará a força da união global das nações em aspectos políticos, econômicos e religiosos (Dn 9.26,27; Mt 24.15-20). Porém, quando as pessoas pensarem que está tudo em paz, de repente, virá a destruição (1 Ts 5.3). A segunda parte será a Grande Tribulação, propriamente dita, pois os dias de falsa paz se transformarão em dias de pavor e tormento. Mas a Igreja não verá tamanha desolação, pois já terá adentrado a vida eterna. Aleluia!
CONCLUSÃO
Vimos que a Grande Tribulação será um tempo terrível que acontecerá após o Arrebatamento. Porém, o que mais importa para nós, que aceitamos a Jesus como Salvador, é viver em obediência e santidade para que, quando esse tempo chegar, nós estejamos salvos.
REFLETINDO
O período de sete anos que abrange a Grande Tribulação será marcado por muitos eventos. Para facilitar o entendimento, com a ajuda do(a) professor(a), elabore em um cartaz a linha do tempo desse período que sucederá o Arrebatamento da Igreja.
R: No céu: arrebatamento da igreja – tribunal de cristo – bodas do cordeiro. Na terra: grande tribulação: 3 anos e meio de falsa paz – 3 anos e meio de sofrimento
Sala do Professor
Divida a turma em dois grupos. Peça para um dos grupos discutir entre si sobre o significado de Globalização, e para o outro sobre o conceito de Ecumenismo. Passe por cada grupo e observe o que os alunos sabem sobre os temas. Depois, peça para um representante de cada grupo falar algo sobre o assunto para a turma e, em seguida, mostre para eles como os dois acontecimentos contribuirão para a implantação do império do Anticristo.
Globalização: Processo de aproximação entre as diversas sociedades e nações existentes por todo o mundo, seja no âmbito econômico, social, cultural ou político. Porém, o principal destaque dado pela globalização está na integração de mercado existente entre os países.
Ecumenismo: É um processo de entendimento que reconhece e respeita a diversidade entre as igrejas. A ideia de ecumenismo é exatamente reunir o mundo cristão. Na prática, porém, o movimento compreende diversas religiões inclusive aquela não cristã. (Fonte: significados.com/ disponível em: https://www. significados.com.br).
Comentarista: Tatiane Alves
As Escrituras revelam, em muitas passagens, que a Igreja deve esperar por tribulações. Cristo disse aos seus discípulos: “Neste mundo vocês terão aflições” (Jo 16.33). Cristo fielmente alertou seus discípulos: “Se me perseguiram, também perseguirão vocês” (Jo 15.20). Paulo e Barnabé, ao exortar os crentes de Listra, Icônio e Antioquia, alertaram-nos: “E necessário que passemos por muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus” (At 14.22). Paulo escreveu aos Romanos: “Também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança” (Rm 5.3). Há outras passagens que exortam a suportar a tribulação (Rm 8.35; 12.22; 2Co 1.4; 7.4; Ef 3.13; 2 Ts 1.4; Ap 1.9; 2.9-10). Todas elas demonstram que tribulações são características da luta diária dos santos e fazem parte de todas as dispensações.
Todavia, as Escrituras claramente ensinam que, contrastando fortemente com as tribulações gerais, as quais todos devem esperar, há a perspectiva de um período futuro de singular tribulação, que obscurecerá e se diferenciará de todos os períodos de tribulação anteriores. Este tempo futuro de tribulação, segundo as Escrituras, estará relacionado a três classes de pessoas: a nação de Israel; o mundo gentio pagão; e os santos ou eleitos que estiverem vivos na época. E de muita significância que toda a Escritura, ao descrever quem serão os participantes desse período futuro de tribulação, refere-se aos israelitas como israelitas, aos gentios como gentios, e aos santos como santos, sem jamais usar qualquer um dos termos distintivos que se aplicam aos crentes da presente era.
Os textos sobre tribulação no Antigo e Novo Testamentos demonstram abundantemente que há um duplo propósito para o período da grande tribulação: trazer ao fim o tempo dos gentios (cf. Lc 21.24) e preparar a restauração e o ajuntamento de Israel no reino milenar de Cristo que segue o segundo advento. Portanto, o propósito da tribulação não é purgar a Igreja; menos ainda disciplinar os crentes. Em vez disso, de modo geral, ela lidará com gentios e judeus rumo ao colapso do poder gentílico e à restauração de Israel como nação. Um breve exame das principais passagens que lidam com a grande tribulação sustentará essas conclusões.
(O ARREBATAMENTO: fundamentos da escatologia pré-tribulacionista
/John Walvoord – Ed. Carisma)